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19/10/2022 às 18h42min - Atualizada em 19/10/2022 às 18h42min

SINDIBEBIDAS discute formas de melhorar a produção e distribuição de água mineral no Maranhão

O objetivo do Sindicato de Bebidas é promover melhorias especialmente no que se refere à água envasada em garrafões de 20 litros

Coordenadoria de Comunicação e Eventos/FIEMA
Workshop do Sindibebidas tem o objetivo de promover melhorias especialmente no que se refere à água envasada em garrafões de 20 litros - Foto: Divulgação
 
SÃO LUÍS – O Sindicato das Indústrias de Bebidas, Refrigerantes, Água Mineral e Aguardentes do Estado do Maranhão (SINDIBEBIDAS) realizou o I Workshop de Planejamento Estratégico com participação do Sistema FIEMA (SESI, SENAI, IEL e Federação) e empresários do setor. Precificação, falta de qualidade do garrafão de 20 litros e a fiscalização da produção da água mineral e água adicionada de sais foram alguns dos temas debatidos no encontro.  

O presidente do SINDIBEBIDAS, Jorge Fortes, explicou que há uma grande discrepância entre os preços praticados pela indústria e aqueles cobrados pelas distribuidoras de água, principalmente em relação ao garrafão de 20 litros. “Precisamos chegar a um alinhamento de preços, pois um garrafão que sai da indústria em média por R$ 3 é vendido pelas distribuidoras ao consumidor final por R$ 9, R$ 10”, exemplificou Fortes.  

Um selo criado pela Secretaria de Estado da Fazenda (SEFAZ), se fiscalizada a sua utilização, pode ajudar não apenas a recolher os impostos, mas também a alinhar os preços e evitar que o consumidor pague um preço alto pelo produto. Jean Amorim, sócio e gerente da empresa Água DaFonte, que participou do workshop reclamou também da sobretaxa de impostos. “Esse tipo de produto, até por ser um alimento, tinha que ser mais acessível e para isso a taxação precisa ser revista. Ainda temos muitas cidades com problemas para fornecer água e isso é uma questão de saúde pública”, pontuou Amorim.  

Outra questão discutida no workshop foi a falta de qualidade do garrafão de 20 litros, que precisa ter muitas trocas mesmo dentro do período de vida útil. Saulo Ribeiro, presidente da Puríssima e ex-fundador da Floratta, disse que o maior problema hoje é a péssima qualidade do garrafão. Devido às inúmeras reposições, o garrafão agrega um valor negativo entre 8 e 15% por mês para a empresa dele.  “Isso traz um grande impacto para os custos de produção”, frisou Ribeiro.  

O componente mais importante de todas essas questões é o consumidor. É por isso que o SINDIBEBIDAS está dando publicidade a questões importantes, como a diferença entre água mineral e água adicionada de sais. “A água mineral é extraída do subsolo, é pura, natural. Já a água adicionada os sais são colocados artificialmente. A água adicionada de sais precisa passar pela fiscalização da Vigilância Sanitária para saber se essa adição está correta”, explicou Fortes.  

Diagnóstico - Atualmente, o setor de água envasada - seja ela mineral ou adicionada de sais - tem três grandes preocupações no Brasil inteiro: a questão ambiental, a segurança alimentar e a precificação. A questão ambiental passa especialmente pela obrigação de as indústrias, por lei, terem que zelar pelas áreas de proteção ambiental de suas fontes. “O dono da fonte tem uma permissão da União para explorar o serviço, mas tem o dever de cuidar da área para que possa garantir a qualidade da água a longo prazo”, falou o consultou Daniel Penteado, que comandou as atividades durante o workshop.   

Outro aspecto tratado no workshop foi a segurança alimentar, o que passa pela adoção de boas práticas de fabricação, análises de pontos críticos de controle laboratorial e pela qualidade das embalagens, por exemplo. O ponto central é garantir a qualidade do produto na gôndola para o consumidor final. 

Um terceiro aspecto discutido pelas empresas do setor de água mineral foi a precificação, especialmente do galão de 20 litros. Nesse sentido, o associativismo pode ajudar o sindicado como entidade representativa do setor a defender os interesses das empresas associadas. “A indústria de bebidas precisa lutar por isonomia competitiva. As empresas devem achar um denominador comum para focar no produto e não nas marcas, porque a solução é coletiva e não individual”, explicou Penteado, que deve entregar nos próximos dias um diagnóstico do setor de água mineral no estado.   Na oportunidade, as empresas do setor de bebidas conheceram o portfólio de serviços ofertados pela FIEMA, SESI, SENAI e IEL tanto para questões gerenciais quanto para os seus funcionários.  

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