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15/06/2022 às 23h06min - Atualizada em 15/06/2022 às 23h06min

Polícia Federal deflagra Operação Corona de combate à lavagem de dinheiro e ao narcotráfico internacional

Só nos primeiros quatro meses de 2020, as empresas de fachada teriam movimentado mais de R$ 116 milhões

Comunicação Social da Polícia Federal em Pernambuco
Foto: Assessoria/PF
 
Recife/PE
- A Polícia Federal deflagrou nesta quarta-feira (15/6) a Operação Corona, com objetivo de combater organizações criminosas dedicadas à lavagem de dinheiro do narcotráfico internacional.

Foram cumpridos 16 mandados de busca e apreensão e 9 mandados de prisão preventiva, expedidos pela Justiça Federal em Pernambuco, assim distribuídos: Praia Grande/SP (1 MPP e 2 MBA), Paulínia/SP (1 MPP e 1 MBA), Ribeirão Preto/SP (2 MPP e 4 MBA), Serrana/SP (1 MPP e 2 MBA), Guatapará/SP (1 MPP e 1 MBA), Itaquecetuba/SP (2 MBA), Poá/SP (1 MBA), Campo Grande/MS (1 MPP e 1 MBA), Recife/PE (1 MPP e 1 MBA), Manaus/AM (1 MPP), Coari/AM (1 MBA).

No total, 80 policiais federais foram mobilizados para atuar nos Estados de Pernambuco (RMR), São Paulo (regiões de Santos, Capital, Campinas e Ribeirão Preto), Mato Grosso do Sul (capital) e Amazonas (interior).

A investigação foi iniciada em 22/4/2020 após a apreensão de cerca de 650 kg de cocaína no Aeródromo da Coroa do Avião em Igarassu, cidade localizada na Região Metropolitana de Recife/PE (RMR).

A apreensão resultou de um esforço operacional da PF com o apoio da Polícia Militar de Pernambuco. Na ocasião, piloto, copiloto e outros criminosos engajados no descarregamento da droga da aeronave foram presos em flagrante por tráfico de drogas. O plano do grupo criminoso visava ocultar a cocaína numa exportação de sucata destinada à Europa pelo Porto de Suape.

Após o flagrante, a PF aprofundou a investigação, a fim de identificar outros responsáveis pela operação ilícita, assim como descobrir o esquema criado para financiar esse plano. Foi revelada, então, uma grande estrutura criminosa de empresas de fachada criadas com a finalidade de movimentar dinheiro para o crime organizado transnacional. As empresas estão espalhadas pelo país, mas se concentram, especialmente, no Estado de São Paulo. Só nos primeiros quatro meses de 2020, no período em que o grupo preso na RMR arquitetava a exportação de cocaína frustrada pela PF, essas empresas movimentaram juntas mais de R$ 116 milhões.

Os crimes investigados são tráfico internacional de drogas, financiamento do narcotráfico, participação em organização criminosa e lavagem de dinheiro. As penas podem chegar, isoladamente, a mais de 20 anos de reclusão.

A expressão Corona é um termo espanhol, que significa Coroa em português, uma referência, portanto, ao local onde foi apreendida à droga no início de 2020.

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