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10/06/2022 às 19h55min - Atualizada em 10/06/2022 às 19h55min

Inovação e Advocacia

Gilson Ramalho de Lima
Gilson Ramalho de Lima. É advogado e Juiz Eleitoral Substituto do Tribunal Regional Eleitoral do Maranhão
O Direito possui como um dos seus objetivos intrínsecos a resolução de demandas sociais, que surgem de acordo com o avanço da sociedade, uma vez que os anseios humanos são infinitos. Nesse sentido, há uma necessidade de busca constante por respostas sociais frente às demandas que surgem. Partindo desse entendimento, é oportuno pontuar também que o Direito pode impulsionar ou inibir o desenvolvimento e a utilização de inovação.

Não há dúvidas, pois, quanto à praticidade que as inovações tecnológicas vêm proporcionando a diversas atividades profissionais, em especial a advocacia. Tal fato ocorre em virtude da otimização de tarefas em um mundo cuja especialidade e especificidade das relações, exige cada vez mais desse profissional. Todavia, embora os sistemas de softwares proporcionem tal otimização, a adaptação dos profissionais ao uso das novas tecnologias é um desafio.

Não há incompatibilidade entre a advocacia e as novas tecnologias, na medida em que o papel do advogado é, na realidade, valorado pelas inovações, que surgem como uma ferramenta que visa proporcionar soluções mais eficazes, como softwares jurídicos, chatbots, volumetria e jurimetria e assinatura digital. A inovação tecnológica impulsiona a advocacia, já que origina novas demandas, amplia áreas de atuação, tais como direito de startups, direito digital e compliance. Também como gera mais eficiência, proatividade, agilidade e diminui os custos – especialmente através do home office, tele trabalho e co-working. 

É preciso compreender que os novos paradigmas oriundos das inovações tecnológicas e sociais demonstram que as premissas dos instrumentos de cunho jurídico já não são mais as mesmas, isto é, com base no direito mais tradicional. E o Direito é dinâmico, evolutivo e, como tal, recebe a influência das inovações, tanto no que tange às relações sociais, quanto ao exercício da advocacia.

Diante disto, pode-se concluir que a inovação na tecnologia abarca diferentes temáticas e tendências, que necessitam de constante atualização e aprendizados mediante as novidades jurídicas. Fato este que impulsiona uma busca diária por conhecimentos, aprimorando a rotina dos advogados, com eficácia, em virtude do diferencial que é promovido. Ou seja, é fundamental que a advocacia entenda que a tecnologia não surge como uma escolha da forma de atuar, mas como oportunidade de se adequar em uma nova sociedade.

 
 

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