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04/06/2022 às 22h06min - Atualizada em 04/06/2022 às 22h06min

Livros & Leitura

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Da Redação
GB Edições
Do Mel às Cinzas
Segundo volume das “Mitológicas”, obra máxima de Claude Lévi-Strauss e um marco na abordagem do pensamento indígena, “Do Mel às Cinzas” dá sequência à série iniciada por Lévi-Strauss com “O Cru e o Cozido”. Publicado originalmente em 1967, a obra acompanha o motivo do mel (e o do tabaco, as cinzas) entre a América do Sul e a América do Norte, ampliando o campo semântico em torno da culinária, núcleo temático do primeiro livro. Aqui, o sentido da passagem da natureza para a cultura se inverte: o percurso é regressivo da cultura em direção à natureza, protagonizado pelo poder sedutor do mel. Elemento ambíguo – pois se oferece, na natureza, pronto para o consumo cultural –, o mel ganha centralidade no pensamento ameríndio ao carregar um duplo significado: um próprio (alimentar) e outro figurado (sexual), menos distante de nós do que se possa pensar, como sugere a expressão "lua- de- mel" em diversas línguas ocidentais. Por detrás dessas figuras de linguagem, Lévi-Strauss descortina princípios do pensamento humano. Com 584 páginas, o livro é da Editora Zahar.
 
Vogue - Para Colorir
Este livro para colorir recria as capas e as imagens icônicas da revista britânica “Vogue”, apresentando a moda que caracterizou os elegantes anos 1950. Vestidos de noite, de coquetel e chapéus representam coleções de Christian Givenchy e Chanel. Os conselhos de moda e estilo tirados das páginas originais da "Vogue" ficaram curiosamente divertidos para os amantes do estilo retrô e da moda vintage. De Ian R. Webb, o livro tem 96 páginas e é da Catapulta Editores.
 
Cozinha de Emma: Receitas de uma família de Mendoza
Livro "A Cozinha de Emma" traz receitas de família recheadas de memórias afetivas Os sabores da culinária quase sempre são acompanhados por diversas lembranças. Com o lançamento do título "A Cozinha de Emma", a Catapulta Editores traz receitas que marcaram a história de uma família de Mendoza, na Argentina. Julia Zuccardi, autora da obra, comenta o papel fundamental de cada prato na construção da família ao longo do tempo. As 140 páginas do livro são mescladas entre receitas e ilustrações dos pratos doces e salgados da avó Emma. Segundo a autora, o título também tem o objetivo de homenagear a matriarca, pilar da família e do restaurante que leva o sobrenome da família Zuccardi na Argentina. Reunir-se à mesa para partilhar de uma refeição é algo que simboliza a união para muitas pessoas. O momento é marcado pelo passar dos anos para os mais velhos e a chegada de novos membros à família. No livro as receitas apresentadas trazem essa memória afetiva, relacionadas aos pratos da avó de Julia.
 
Bairro dos Corvos Elétricos
Uma aventura repleta de enigmas para devorar de uma só vez. Em “Bairro dos Corvos Elétricos”, livro de Caluã Eloi, uma criança sai sozinha em busca de um novo mundo, mas encontra um lugar completamente controverso chamado Aquiles, onde nada e tudo é verdade. Em sua jornada, a criança encontra pessoas e criaturas mágicas, como Tispadis, um artesão de bonecos mágicos que lhe dará um novo nome. Também conhece Aliah, a rainha misteriosa deste bairro, e seu irmão Ushas, o bardo. Mago Sphynx é outro personagem importantíssimo para a saga: um gato muito peculiar que conhece todos os segredos desta terra misteriosa e de todas as pessoas que vivem ali. Ao reunir elementos de mitologias celta, nórdica, egípcia e grega, Caluã cria um universo instigante, cheio de suspense e magia, combinando uma aventura fantástica às múltiplas possibilidades de mundos. Em um universo de contradições, o autor, que se identifica como uma pessoa trans não-binária, provoca diversas críticas sociais sobre poderes totalitários, machismo e abuso sexual, dando protagonismo, visibilidade e representatividade às mulheres e comunidade trans. Segundo o autor, “Bairro dos Corvos Elétricos” normaliza as existências LGBTQIA+ em todos os espaços. “A comunidade LGBTQIA+ quando procura um livro ou filme com representatividade trans, lésbica, bissexual, etc. não necessariamente quer ver uma história sobre sofrimento causado pelo preconceito. Às vezes, apenas queremos ver estas pessoas como super-heróis, vivendo romances fofos ou lutando em aventuras mitológicas”, reflete Caluã. Através da ficção, a obra escancara tópicos do nosso tempo, permitindo que o público pense a respeito do seu lugar no mundo e se sinta encorajado a ser quem se é. Com 224 páginas, o livro é da Editora Vícios Anárquicos Produções.
 

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