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03/06/2022 às 23h00min - Atualizada em 03/06/2022 às 23h00min

PM cerca, bandidos reagem e seis morrem durante confronto policial

Criminosos do ‘Novo Cangaço’ explodiram duas agências bancárias

Assessoria
Fuzis, pistolas, explosivos encontrados em poder dos criminosos - Foto: Divulgação / Polícia Militar
 
Seis suspeitos de envolvimento no ataque a duas agências bancárias na cidade de Dois Irmãos do Tocantins foram mortos durante confronto com forças de segurança na noite desta quinta-feira (2/6), em Miranorte, região central do estado.

Após o ataque violento na pequena cidade, uma força-tarefa foi montada pelas Polícias Militar, Federal e Rodoviária Federal. Os criminosos foram localizados em um matagal às margens da TO-342, perto de Miranorte.

Os policiais ficaram de tocaia e tentaram fazem a abordagem, contudo, teriam sido recebidos a tiros. Os seis suspeitos, entre eles uma mulher, foram baleados no confronto e morreram no local.

Conforme a polícia, o líder do grupo criminoso morava em Palmas, outros em Paraíso do Tocantins, um era de Goiânia e outro do Maranhão. Todos os corpos foram levados para o Instituto Médico Legal (IML).

Durante a operação foram localizados explosivos, fuzis, pistolas, carabinas, espingardas e coletes à prova de balas.

A OPERAÇÂO
Representantes das forças policiais do Estado fizeram uma coletiva de imprensa no Quartel do Comando Geral da Polícia Militar, em Palmas, nesta sexta-feira (03), para tratar sobre o cerco policial ao grupo criminoso suspeito de praticar assaltos a instituições bancárias nas cidades de Divinópolis e Dois Irmãos.

O comandante-geral da Polícia Militar, coronel Júlio Silva Neto, falou sobre a operação conjunta entre as forças policiais para a desarticulação do grupo. “Tudo teve início em Divinópolis, após o primeiro assalto a uma instituição financeira. Depois de alguns indícios, tivemos o apoio das demais polícias e começamos a monitorar os suspeitos. Soubemos que eles estavam ainda na região e, ao se deslocar para lá, a Polícia Militar foi atacada a tiros e reagiu”, afirmou.

Conforme o comandante, a intenção das forças de segurança sempre é levar o criminoso preso para que ele possa responder perante a Justiça.

Conforme Silva Neto, o grupo estava fortemente armado com fuzis e pistolas. “Só pelo fato deles estarem armados com fuzis já mostra que eles estavam com intenção de confronto, caso fosse necessário”, reforçou.

BOPE
O comandante do Bope, Tenente-coronel Fioravan Teixeira, explicou que as forças se colocaram estrategicamente para desarticular o grupo.

“Fizemos o cerco e bloqueio. Colocamos equipes em principais acessos das estradas da região. Ao se aproximarem de uma de nossas barreiras e receberem ordem de parada, eles já disparassem contra a nossa equipe. Houve a troca de tiros e, infelizmente, todos foram a óbito. Havia armas e munições no carro”, afirmou.

Investigação conjunta
O confronto envolveu apenas homens da Polícia Militar, mas toda a parte investigativa foi executada pela Polícia Civil, com o apoio da Polícia Federal.

O delegado titular da 1ª Divisão Especializada de Repressão ao Crime Organizado (Deic), Evaldo Gomes, elucidou que a maioria dos suspeitos era do Tocantins (de cidades como Araguaína, Paraíso e Palmas), mas havia membros do Maranhão e Goiás. Alguns já tinham passagem pela polícia.

“Eu já havia investigado alguns deles em outras circunstâncias aqui mesmo no estado, com antecedentes, inclusive em crime de roubo a banco. No entanto, as investigações apontam que o grupo em si, não tinha muita experiência nessa prática criminosa”, afirmou.

O delegado ainda disse que as investigações apontam evidências da atuação do grupo no assalto às duas cidades. “As evidências que tem nos autos dos dois inquéritos apontam coincidência de autoria, tanto na forma deles agirem, quanto nas características físicas”, finalizou.

A inteligência da Polícia Penal ajudou a operação analisando o perfil do suspeito que seria líder do grupo. Segundo o operador de Inteligência Penal, Cícero Alexandre de Lacerda, um dos envolvidos já era conhecido pela corporação com várias passagens pelo mesmo tipo de crime.

“Um dos suspeitos era conhecido da polícia por já ter sido preso por essa atividade criminosa. Ele tinha histórico de tentativa de fuga dentro do Sistema Prisional e era uma pessoa de altíssima periculosidade, justamente por ser especializado em roubo a banco”, comenta Cícero Alexandre.

Articulação das polícias
O delegado federal Hayder Eduardo Martins destacou que a partir de outros assaltos a agências federais nos estados vizinhos e no Tocantins, as polícias se articularam para vigilância.

“No fim de abril, nos chamou atenção o roubo a uma agência federal na cidade de Balsas, no sul do Maranhão. A partir daí, acionamos a Polícia Civil do Tocantins para monitorar as possíveis ocorrências no estado. Como a Polícia Federal tem atribuição de investigar organizações criminosas especializadas em roubo a bancos federais, dividimos diligências e chegamos ao grupo suspeito em questão”, pontuou.

O Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer) também prestou apoio aéreo durante a operação. A coletiva contou com representantes das polícias Civil, Militar, Federal, Rodoviária Federal e Penal.

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