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03/06/2022 às 18h03min - Atualizada em 03/06/2022 às 18h03min

Palestra busca romper com o ciclo da violência e resgatar autoestima de mulheres

Evento foi realizado no Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculo, no Parque Alvorada II

Kalyne Cunha
Ascom
Roda de conversa conscientizou mulheres sobre os tipos de violência, embasadas na Lei Maria da Penha - Foto: Assessoria
 
Nesta sexta-feira (03), a Prefeitura por meio da Secretaria de Políticas para Mulher (SMPM) realizou no Parque Alvorada II a roda de conversa, “Identificando os tipos de violência e o resgate da autoestima”. Agressões contra mulheres vão muito mais do que a física, por isso a importância de identificá-las para prevenir e ressaltar a valorização da mulher, através da sua autoestima. Momento foi realizado no Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculo (SCFV) com sorteio de brindes e coffee break.

A Secretária da SMPM, Eva Messias, ressaltou a importância dos serviços oferecidos pelo município, para mulheres em situação de violência. “Nosso trabalho é de acolhimento e orientação, temos a Casa Abrigo Doutora Ruth Noleto e o Centro de Referência à Mulher (CRAM) que trabalha a orientação sobre direitos da mulher, promovendo a possibilidade da ruptura de violência”.

Com o intuito de estabelecer o diálogo entre as mulheres a palestrante da ação, advogada Cristiane Brito, realizou um trabalho de conscientização sobre os tipos de violência embasadas na Lei Maria da Penha. Elas são classificadas como física, psicológica, sexual, patrimonial e moral, onde a violência psicológica ganhou destaque maior.

“A violência psicológica causa danos emocionais e diminuição da autoestima de mulheres que passam pelo ciclo de violência mediante a ameaças, constrangimentos, humilhações, manipulações e uma série de comportamento que sofrem através dos seus agressores”.

Após o ciclo de violência sofrido por mulheres em situação de violência, Cristiane explica a importância do acolhimento da mulher, por meio do resgate da autoestima. “Foi trabalhado o fortalecimento dessas mulheres, de forma que elas possam combater e romper com o ciclo de violência, promovendo seu bem-estar e terem atitude diante da realidade da baixa autoestima, causada pelo sofrimento advindo da violência”.

A lei Maria da Penha define cinco formas de violência doméstica e familiar, são elas:

Violência física – ações que ofendam a integridade ou a saúde do corpo como bater ou espancar, empurrar, atirar objetos na direção da mulher, sacudir, chutar, apertar, queimar, cortar ou ferir.

Violência psicológica – ações que causam danos emocionais e diminuição da autoestima, ou que visem degradar ou a controlar seus comportamentos, crenças e decisões, mediante ameaça, constrangimento, humilhação, manipulação, isolamento, vigilância constante, perseguição insistente, insulto, chantagem, violação de sua intimidade, ridicularização, exploração e limitação do direito de ir e vir, ou qualquer outro meio que cause prejuízo à saúde psicológica e à autodeterminação.

Violência sexual – ações que forcem a mulher a fazer, manter ou presenciar ato sexual sem ela querer, por meio de força, ameaça ou constrangimento físico, ou moral.

Violência patrimonial – ações que envolvam a retirada de dinheiro conquistado pela mulher com seu próprio trabalho, assim como destruir qualquer patrimônio, bem pessoal ou instrumento profissional.

Violência moral – ações que desonram a mulher diante da sociedade com mentiras ou ofensas, e também acusá-la publicamente de ter praticado crime, de xingar diante dos amigos, acusar de algo que não fez e falar coisas que não são verdades sobre ela para os outros.

Denúncias - Para as mulheres que necessitam de auxílio, o atendimento presencial do CRAM fica localizado na Rua Sousa Lima, nº 54, Centro, entre Rui Barbosa e Urbano Santos. Telefone e WhatsApp para contato é o (99) 99193-1717.

Como canais para denúncia há a Central de Atendimento à Mulher através do 180 que presta escuta e acolhida qualificada às mulheres em situação de violência. O serviço fornece informações sobre os direitos da mulher, bem como locais de atendimento mais próximos e apropriados para cada caso. A ligação é gratuita e o serviço funciona 24h em todo território nacional todos os dias da semana.

Já em situação de perigo imediato, ligue para a Polícia Militar no 190.

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