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01/06/2022 às 19h43min - Atualizada em 01/06/2022 às 19h43min

Estado amplia vigilância e orienta municípios sobre “varíola do macaco”

Marcos Atahualpa
SECOM//MA
Médico infectologista Bernardo Bastos Wittlin - Foto: Divulgação
 
O Governo do Maranhão, através da Secretaria de Estado da Saúde (SES), realizou, na terça-feira (31), um encontro on-line com o objetivo de ampliar as discussões sobre a infecção humana pelo vírus Monkeypox, conhecido por causar a “varíola do macaco”. A webinar contou com a presença de cerca de 110 pessoas, entre gestores de unidades de saúde, profissionais da área de infectologia e representantes de órgãos públicos que atuam na área da vigilância epidemiológica.

“Mais de 500 casos de infecção pelo vírus Monkeypox já foram notificados em todo o mundo, e o Brasil analisa três casos suspeitos. Por se tratar de algo novo, é imprescindível que as informações divulgadas sejam baseadas em critérios técnicos e clínicos previamente estabelecidos. Dessa maneira, conseguiremos fortalecer as ações de identificação e monitoramento, bem como a vigilância dos casos suspeitos”, disse a superintendente de Epidemiologia da SES, Mayrlan Avelar.

O Maranhão não possui casos suspeitos da doença. De acordo com a coordenadora do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS-SES), Jakeline Trinta Rios, até pouco tempo todos os casos eram importados de viajantes recentes do Congo e da Nigéria. “Os casos reportados em maio de 2022 são os primeiros originários na própria localidade onde foi identificado sem vínculo com algum caso suspeito, viagem para algum dos locais onde há ocorrência da doença ou confirmação laboratorial. Diante disso, é importante que seja priorizada a identificação de casos de forma rápida, o isolamento dos casos suspeitos e feito o rastreamento de contatos”, disse.

A chamada varíola do macaco é uma doença viral zoonótica de baixa incidência e transmissibilidade. Na maioria dos casos, apresenta característica leve, apesar da possibilidade de casos graves. O primeiro caso detectado da doença foi na cidade de Londres, na Inglaterra, em maio deste ano. A transmissão da doença pode acontecer por contato próximo com pessoal ou animal infectado, através de lesões cutâneas e mucosas, fluidos corporais ou gotículas respiratórias.

O médico infectologista Bernardo Bastos Wittlin destacou que o diagnóstico se baseia na realização de testes moleculares. “É importante atentar para as precauções padrões, como uso de máscaras, distanciamento social, higienização das mãos e evitar contato com superfícies. O tratamento contra o Monkeypox consiste no acompanhamento médico, repouso, hidratação, manipulação de medicação para alívio dos sintomas, cuidados com as lesões cutâneas, prevenção e atenção a infecções secundárias, além da administração de antivirais que atendam ao protocolo da doença”, explicou.

O Ministério da Saúde criou a Sala de Situação de Monkeypox, estratégia de monitoramento e investigação dos casos suspeitos, confirmados e descartados para a doença. No Maranhão, a Sala de Situação contará com apoio da Vigilância Epidemiológica do Estado, Atenção Primária dos municípios, unidades de saúde que atuam na área ambulatorial, hospitalar, Núcleo de Vigilância Epidemiológica Hospitalar (NVEH) e Laboratório Central do Maranhão (Lacen-MA).

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