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06/05/2022 às 20h06min - Atualizada em 06/05/2022 às 20h06min

TSE mantém diploma de deputada federal reeleita pelo Pará nas Eleições Gerais de 2018

Elcione Barbalho (MDB) era acusada de doar dinheiro do Fundo Eleitoral destinado à cota feminina para financiar candidaturas de homens

Da Redação
Imprensa/TSE
Ministro Alexandre de Moraes - Foto: Divulgação
 
O Plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) manteve o diploma da deputada federal Elcione Therezinha Zahluth Barbalho (MDB), reeleita pelo Estado do Pará nas Eleições Gerais de 2018. Por maioria de votos (5 a 2), os ministros decidiram não acolher o recurso do Ministério Público Eleitoral (MPE), que acusava a candidata de ter aplicado irregularmente recursos do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC) em candidaturas masculinas.

De acordo com o MPE, dos R$ 2 milhões provenientes do Fundo Eleitoral repassados a Elcione pelo Movimento Democrático Brasileiro (MDB) para custear candidaturas de mulheres, ela transferiu R$ 1, 17 milhão ( 56,95% do total recebido) a dez candidatos. Segundo a denúncia, apenas R$ 31.067 do total doado aos homens teria sido revertido em favor da campanha da parlamentar. Para o MPE, a então candidata insurgiu na prática de gasto ilícito de campanha ao doar verbas que deveriam ser utilizadas no financiamento de candidaturas femininas para subsidiar campanhas de homens.

A análise do caso foi iniciada na sessão de 8 de fevereiro com a apresentação do voto do presidente do TSE e relator do recurso, ministro Edson Fachin, e do ministro Luís Roberto Barroso, pela cassação do mandato da deputada. Um pedido de vista do ministro Alexandre de Moraes suspendeu o julgamento do recurso pelo Tribunal.

Voto-vista - Ao divergir dos colegas, Moraes argumentou que as “dobradinhas” – campanhas casadas feitas em comum acordo entre deputados federais e estaduais – constituem uma tática legítima, que visa ampliar a divulgação de ambas as candidaturas em regiões específicas. Ele lembrou que a candidata é a única representante feminina na bancada do Pará e que uma eventual cassação seria prejudicial à política de reafirmação de gênero. “Aqui é uma estratégia vitoriosa. As duas mulheres candidatas tiveram os mesmos recursos, e uma teve, na verdade, mais de três vezes o voto da outra”, observou o ministro. Os ministros Mauro Campbell Marques, Benedito Gonçalves, Sérgio Banhos e Carlos Horbach acompanharam a divergência aberta por Moraes, formando maioria pela manutenção do mandato da deputada. Vencidos os ministros Edson Fachin e Luís Roberto Barroso.

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