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08/04/2022 às 19h20min - Atualizada em 08/04/2022 às 19h20min

Operação ‘Testa de Ferro’, prende Vereador de Davinópolis

Contra Edson Júnior Leal pesa a acusação de envolvimento em quadrilha especializada em crime cibernético

Dema de Oliveira
Jornal O PROGRESSO
Vereador Edson Júnior Leal o ‘Buguila’ foi preso suspeito de crime cibernético - Foto: Redes Sociais
 
Agentes da Delegacia Especial de Repressão a Crimes Cibernéticos (DRCC) da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) com apoio da Polícia Civil do Maranhão, através da 10ª DRPC, por intermédio do Grupo de Pronto Emprego (GPE), prenderam na tarde da última quarta-feira, um vereador da Câmara Municipal de Davinópolis. O mandado de prisão expedido pela justiça do Distrito Federal, foi cumprido em desfavor do vereador Edson Júnior Leal (PDT), também conhecido por ‘Buguila’. Pesa contra ele a acusação de envolvimento em quadrilha especializada em crime cibernético, que tem a mesma função criminosa de hacker.
A prisão de ‘Buguila’, é um desdobramento da operação ’Testa de Ferro’, que investiga uma quadrilha especializada em fraudes em contas bancárias. De acordo com a polícia, o vereador é suspeito de ter ligação com um casal preso em Goiânia no final do mês março. A função do vereador na quadrilha, era a de indicar pessoas, dispostas a cederem suas contas bancárias para o depósito e saque dos valores obtidos por meio da fraude.

As investigações apontam, que esse grupo criminoso atua há mais de uma década, principalmente no Centro Oeste e no Pará. Uma das vítimas, proprietária de uma empresa de calçados, chegou a perder mais de R$ 1,4 milhões e para a polícia o valôr desviado pela quadrilha, pode chegar a R$ 300 milhões.

As investigações começaram em 2019, época que o vereador ‘Buguila’, residiu na Capital Federal, quando a polícia realizou a prisão de suspeitos que faziam saques, transferências e conversão de moeda nacional em dólar em uma agência bancária. As investigações apontaram que essas pessoas eram à base da pirâmide da organização e que emprestavam suas contas para serem beneficiadas com o dinheiro do furto. Em um segundo momento, havia os recrutadores de conta bancária e, acima deles, os gerentes de operações, uma quadrilha bastante organizada.

O dinheiro dos furtos era transferido para contas dos beneficiários. Assim que os valores ingressavam nessas contas, os gerentes de operações transportavam os beneficiários até caixas eletrônicos e lá determinavam quais operações bancárias seriam realizadas. Essas pessoas, possuíam máquinas de cartões de crédito fantasmas, para realizar compras simuladas nos cartões desses beneficiários.

Os policiais, cumpriram também mandado de prisão em desfavor de uma outra pessoa da região, que não foi identificada, além de mandados de busca e apreensão em outros endereços. Depois dos trâmites burocráticos, o vereador foi recambiado no início da tarde de ontem para Brasília, por via aérea.

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