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01/04/2022 às 22h03min - Atualizada em 01/04/2022 às 22h03min

O PODEROSO SEXTO SENTIDO

Elson Araújo

 Não sou por mim.
Não sou de mim, viajante dos mundos
Invisíveis.
Mundos ancestrais.
Sou Água,
Sou Ar,
Sou Fogo,
Sou Terra e
quintessência,
Também.

Há mais coisas entre o céu e a terra do que pode imaginar nossa vã filosofia, tal frase atribuída ao maior dramaturgo e escritor de todos os tempos, William Shakespeare, no contexto da sua época significaria que haveria mais coisas no mundo do que se conseguiria explicar ou racionalizar.

 A frase dos idos dos anos 1600 se imortalizou, mas a sua intepretação permanece praticamente a mesma. Geralmente ela é   invocada sempre que nos deparamos com algo inexplicável ou de difícil explicação. Como por exemplo, o sexto sentido, privilégio de poucos, a quem por “possuí-lo ou exercitá-lo, é atribuído poderes sobrenaturais.

O surpreendente Sexto Sentido, filme de 1999 estrelado por Bruce Willis, tratou de fortalecer mais ainda essa crença:  a desse dom como algo que eleva o homem a condição de meta-humano, ou seja, alguém com superpoderes.  Na película um garotinho consegue se comunicar, naturalmente, com pessoas mortas. Todos devem lembrar da antológica cena em que todo encolhido e assustado o garotinho, interpretado por Haley Joel Osment , balbucia:   I see dead people  (eu vejo pessoas mortas).

Mais o nosso sexto sentido não estaria ligado apenas ao se comunicar com pessoas mortas, como o mostra o filme do diretor M. Night Shyamalan. Há uma infinidade de outras ocorrências nascidas do humano assinada por essa, diria, aptidão.  Maioria delas ligada à premonição.  A mídia gosta muito de divulgar esses casos principalmente quando aparecem aqueles que desistiram, de última hora, de uma viagem e o transporte termina sendo sinistrado.  A coisa vai além disso.

Quem se interessa pelo assunto com frequência se depara com a pergunta se o sexto sentido existe ou não. Na minha existência consciente já vi, e vivenciei situações que acabaram com as dúvidas sobre a existência desse dom, mas essa minha apreensão deriva do senso comum.

 E a ciência, o que diz sobre isso?  Como faço sempre que escolho o tema sobre o que pretendo escrever aqui neste espaço, fui atrás.

Sabia que há anos a ciência se debruça sobre o estudo do sexto sentido? Pois é, descobri que há estudos até sobre o uso militar dele.  Já tem algum tempo que Exército Americano desenvolve pesquisas com o objetivo de desenvolver o sexto sentido nos seus soldados. A lógica seria capacitá-los com técnicas para o campo de batalha para prever, e assim evitar situações que redundem em tragédias.

E o como a ciência que já confirmou a existência desse sexto sentido o define?  Encontrei uma fala do neurologista Martin Portner. Segundo ele, esse ‘feeling’ seria a sexta maneira de ‘sentir algo’ – as outras cinco são visão, audição, olfato, tato e paladar. “Na verdade, é a integração de todos os cinco - os estados internos do organismo e a mente racional - todos voltados para nos dar uma informação preciosa”, explica.

O cientista diz ainda que o   sexto sentido de uma forma simples: é uma capacidade do cérebro que envolve o cruzamento de informações dos dois hemisférios - o esquerdo, que é racional, e o direito, emocional.

Bem, embora não seja uma explicação, assim de cara, compreensível, até aqui é possível dizer que o sexto sentido existe, que não é nada de sobrenatural, que é objeto de pesquisas e que pode ser desenvolvido; assunto para uma próxima crônica.

O engraçado nisso tudo é que, o que a ciência tenta explicar e aprender a desenvolver, as mulheres flagrantemente têm de sobra.  Elas não precisam de nenhum esforço para por em prática esse fantástico dom chamado sexto sentido.
 
Até prova em contrário, o homem é o ser vivo mais complexo e poderoso do universo. Uma máquina pluridimensional, ainda, a anos de luz de vir a ser desvendada.

 Como humanos estamos na “alfabetização”.  Ainda temos muito o que aprender.
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