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30/03/2022 às 19h05min - Atualizada em 30/03/2022 às 19h05min

Caravana Embrapa FertBrasil percorrerá 48 polos produtivos a partir de abril

Da Redação
Imprensa da Embrapa
Foto: Divulgação
 
A ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, e o presidente da Embrapa, Celso Moretti, anunciaram na manhã desta quarta-feira (30) quais serão os 48 polos produtivos por onde passará a Caravana Embrapa FertBrasil, a partir do próximo mês de abril. As datas serão definidas pela coordenação da Caravana, e seguirão as épocas de plantio de cada polo e a logística de deslocamento dos pesquisadores que farão as palestras para técnicos e lideranças rurais. A apresentação foi feita remotamente, com a participação de mais de 300 pessoas, pelo canal da Embrapa no Youtube. 

A Caravana vai percorrer mais de 40 cidades de 10 macrorregiões brasileiras, com o objetivo de promover o aumento da eficiência de uso dos fertilizantes e insumos no campo e estimular a adoção de novas tecnologias e de boas práticas de manejo de solo, água e plantas. A expectativa é beneficiar mais de 20 mil produtores e oferecer capacitação digital para mais de 10 mil profissionais, com impacto em mais de 70 milhões de hectares de áreas agrícolas. A ação está dentre as medidas de curto e médio prazo do Plano Nacional de Fertilizantes, lançado neste mês pelo Governo Federal para reduzir a dependência externa por importação de produtos e tecnologias, situação agravada pelo conflito entre Rússia e Ucrânia.

Para a ministra Tereza Cristina, em seu último dia como ocupante do cargo, a importância da Caravana para o enfrentamento do atual cenário mundial reforça a oportunidade de agregar informações ao Observatório da Agricultura. “É a chance para aproveitar tantos profissionais percorrendo o país para que tenhamos mais informações que permitam cruzamentos e projeções relacionadas à safra brasileira, insumos e próximos problemas, para que estejamos sempre à frente do que possa acontecer”, disse ela. A ministra agradeceu a parceria da Embrapa e seus pesquisadores em 3 anos e 3 meses em que esteve à frente do Ministério e se comprometeu a voltar para a Câmara dos Deputados, como parceira e defensora do agro moderno, movido a ciência.

Segundo o presidente da Embrapa Celso Moretti, o momento é de dificuldade relacionado à importação de fertilizantes. “Isso gera uma demanda crescente que já vinha aumentando nos últimos tempos, em função da crise energética da China e do aumento do consumo de fertilizantes no Brasil, da ordem de 10%”, comentou. “A Embrapa, com a supervisão do Mapa, então, definiu uma ação de curtíssimo prazo, que estamos iniciando agora no mês de abril para contribuir com ações estratégicas em benefício do agro”, disse ele. “Estimamos que o aumento da 10% da eficiência do uso de fertilizantes pode resultar numa economia, segundo nossos cálculos, de até 1 bilhão de dólares na próxima safra, em custos diretos ao produtor rural”, completou.

Tempestade perfeita
Representando o Grupo de Trabalho que construiu o projeto da Caravana FertBrasil, o pesquisador José Carlos Polidoro, da Embrapa Solos, apresentou informações técnicas sobre a ação. “O cenário é uma tempestade perfeita que vem se formando nos últimos 20 anos no Brasil, em que a demanda aumentou 300% no consumo de fertilizantes – o que é bom -, mas a nossa produção nacional de fertilizantes encolheu 30%, nos levando a importar em 2021, 90% dos fertilizantes usados no país”, comentou. Ele destacou ainda que as medidas não são reações à pandemia da Covid 19, à crise de abastecimento e ao conflito entre a Rússia e a Ucrânia. “Nós nos antecipamos a isso”, afirmou. Polidoro lembrou ainda que o Plano Nacional de Fertilizantes tem diretrizes e objetivos, metas e ações em que a Caravana pelo menos em 5 objetivos estratégicos poderá ajudar.

A Caravana vai começar pelo Mato Grosso Sul e São Paulo, seguidos pelo Rio Grande do Sul e Santa Catarina, Paraná, Minas Gerais, Mato Grosso e Rondônia, Goiás, Distrito Federal, Maranhão, Tocantins, Piauí, Bahia, Amazônia, SEALBA (Sergipe, Alagoas e Bahia) e Rio de Janeiro. Sobre o conteúdo técnico da Caravana, Polidoro destacou o recém lançado documento orientador da aptidão agrícola das terras do Brasil e o Zoneamento Agrícola de Risco Climático, ferramentas de uso contínuo e fundamental que mostram como e onde plantar.

“O grande ponto dessa iniciativa são as boas práticas para o uso eficiente de fertilizantes, vamos levar informações sobre as novas metodologias para suprimento de nutrientes, ou seja, o que funciona e o que não funciona para o agricultor investir”, explicou, acrescentando ainda as soluções digitais refinadas que auxiliem o produtor a aumentar a eficiência no campo e as tecnologias sustentáveis. Polidoro destacou e agradeceu as patrocinadoras e parcerias, entre as quais CNA (Confederação Nacional de Agricultura ), Associação Brasileira das Indústrias de Tecnologia em Nutrição Vegetal (Abisolo), Senar , Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) e Rede ILPF.

Participaram da reunião de apresentação da Caravana, o secretário nacional de Políticas Agrícolas, Guilherme Bastos, o secretário de Inovação, Desenvolvimento Sustentável e Irrigação do Mapa e presidente do Conselho de Administração da Embrapa (Consad), Fernando Camargo, o diretor executivo de Gestão Institucional da Embrapa, Tiago Toledo Ferreira, o presidente do Conselho Gestor da Rede, ILPF, Renato Rodrigues, o diretor de projetos estratégicos da Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE), da Presidência da República, Bruno Caligaris, que destacou a importância do caminho conjunto entre as instituições que resultaram na Caravana e o que vai levar de fato aos produtores de todo o País.

Cidades por onde a Caravana vai passar
Na macrorregião Rio Grande do Sul e Santa Catarina os pesquisadores vitarãor Pelotas, Santa Maria, Três de Maio e Passo Fundo, no primeiro Estado; e Chapecó, Campos Novos, Canoinhas e Itajaí, no segundo. Em São Paulo e Mato Grosso do Sul, a Caravana passará por Dourados, Chapadão do Sul, Assis e Ribeirão Preto. Quatro outras cidade farão parte do roteiro no Paraná: Londrina, Ponta Grossa, Cascabel e Guarapuava. 

Minas Gerais também teve quatro cidades escolhidas: Uberaba, Patos de Minas, Unaí e Passos. Já na macrorregião de Mato Grosso e Rondônia, os pesquisadores passarão por Sinop, Campo Novo dos Parecis, Primavera do Leste, Querência e Vilhena. Em Goiás e Distrito Federal, a Caravana passará por Rio Verde, Uruaçu e PAD-DF.

No MATOPIBA, seis cidades estarão na rota: Luís Eduardo Magalhaes, na Bahia; Palmas, Guaraí ou Pedro Afonso, em Tocantins; Uruçuí e Balsas, no Maranhão; e Bom Jesus, no Piauí. Na Amazônia, cinco localidades: Redenção, Paragominas e Santarém, no Pará; Boa Vista, em Roraima; e Macapá, no Amapá.

Na macrorregião de SEALBA, quatro cidades foram escolhidas: Rio Real, na Bahia; Platô de Neópolis, em Sergipe; e Arapiraca e Coruripe, em Alagoas. Por fim, no Rio de Janeiro, a Caravana passará por Nova Friburgo, Tanguá e Campo de Goytacazes; e Domingos Martins, no Espírito Santo.

Interessados em participar da iniciativa podem procurar  [email protected]

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