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07/10/2020 às 00h00min - Atualizada em 07/10/2020 às 00h00min

Polícia investiga caso de transexual agredida ao sair de festa no interior do Maranhão

Comissão de Diversidade Sexual e de Gênero da OAB do Maranhão acompanha o caso, que pode ser crime de transfobia

Dema de Oliveira
Natasha está internada respirando por aparelhos - Foto: Divulgação
Continuam as investigações da agressão a uma transexual no município de São Luís Gonzaga, 480 km de Imperatriz, na Baixada Maranhense. A Comissão de Diversidade Sexual e de Gênero da OAB Maranhão diz que acompanha o caso que pode ser enquadrado como crime de transfobia.

Há duas semanas, a transexual Natasha Nascimento foi agredida por cinco pessoas quando passava pela BR 316 saindo de uma festa, voltando para casa. A vítima teve seis costelas quebradas e várias fraturas pelo corpo.

Nove pessoas já foram ouvidas pela polícia, inclusive dois homens e três mulheres que são apontados como principais suspeitos de ter cometido o crime. Os motivos que podem ter levado à agressão ainda estão sendo investigados.

A transexual de 29 anos segue internada na UTI respirando com a ajuda de aparelhos. De acordo com a família, Natasha aguarda uma cirurgia na região do quadril, que segundo informações médicas, só pode ser feita quando o quadro clínico estabilizar.

A mãe da vítima, Delsina Nascimento, afirma que a filha enfrentou desafios por conta da orientação sexual e teme pela segurança da família.

“Eu não queria que ninguém mexesse com ele, porque só eu sei o que estou passando, sofrendo vendo meu filho naquele estado judiado pela mão dos outros, todo quebrado, não pode nem se mexer”, desabafa a mãe.

DECISÃO DO STF – No ano passado, o Supremo Tribunal Federal determinou que a discriminação por orientação sexual e identidade de gênero passe a ser considerada crime.

“É um tipo de crime que é invisibilizado, que quando tem uma notoriedade assim, a gente tem que aproveitar para combater a intolerância e dizer que está errado sim, pois as pessoas devem ser respeitadas. A constituição é clara e assevera que todos e todas são iguais perante a lei”, diz a presidente da Comissão dos Direitos Humanos da OAB, Marina Lima.

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