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01/10/2020 às 00h00min - Atualizada em 01/10/2020 às 00h00min

Morre o odontólogo Antônio Rodrigues

De origem simples, ele buscou conhecimentos, formando-se em Belém do Pará, participando do Exército Brasileiro, colaborando com o Projeto Rondon e participando de várias entidades, inclusive da Loja Firmeza e Humanidade Imperatrizense, deixando, principalmente, muitas amizades – enfim, um grande legado

Raimundo Primeiro
Toinho, com a alegria no rosto, com amigos, na “Confraria do Olímpio” e “Bloco do Olimpão”, no Carnaval de 2019. - Foto: Divulgação

Vítima de complicações decorrentes do novo coronavírus (covid-19), faleceu, na manhã desta quarta-feira, 30/09, o odontólogo Antônio Rodrigues Silva Filho. Ele estava internado no Hospital Macrorregional de Imperatriz. 

Mais conhecido por Dr. Toinho, tendo atuado no Projeto Rondon, aliado do Ministério da Defesa. Serviu com altivez o Exército Brasileiro (R/2), com o sangue verde oliva correndo em suas veias. Lembrava, com orgulho, da época que esteve na Defesa da Amazônia. Dr. Toinho fez parte da Loja Maçônica Firmeza e Humanidade Imperatrizense, em atuação marcante na condição de orador.

O consultório do Dr. Toinho ficava localizado na Rua Coronel Manoel Bandeira, Centro, nas proximidades da Praça da Cultura e da Academia Imperatrizense de Letras (AIL), região onde a história da cidade teve início, a partir da Rua 15 de novembro, onde ficava situado o bar do “Seu” Olímpio Bandeira, o Olimpão, como todos os conheciam, fundador da “Confraria do Olimpão”, palco de debate dos principais assuntos inerentes a cidade e a sua população.

Nas redes sociais, a morte do Dr. Toinho foi comentada por vários amigos. Pessoas que o conheceram e, igualmente, com ele, conviveram, passando momentos memoráveis, conversando sobre amenidades, mas, principalmente, assuntos relacionados ao meio político. Nos fins de semana, os bate-papos sobre o tema aconteciam demoradamente.

“Não bastasse o que já perdemos pelo contágio infeliz dessa doença, ainda, acaba de levar nosso estimado confrade Antônio Rodrigues, deixando todos cabisbaixos com seu finamento para a vida eterna”. Palavras do amigo Nelson Bandeira.

Nelson Bandeira continua a nota, frisando “infelizmente, só nos resta a compreensão de que a vida é totalmente momentânea diante de sua trajetória”, concluindo que, “no mais, só deixa lembranças. Que Deus lhe dê o lugar merecido. E que a família tenha força suficiente para suportar (tanta dor)”.

Já o jornalista Elson Araújo, também colega de confrarias do Dr. Toinho, com destaque para as do “Olimpião” e da Banca do Chico, deixou a seguinte mensagem: “Um grande amigo que se foi. Muito triste aqui. Meus sentimentos a toda família”.

“Até sempre, confrade”. Título da mensagem divulgada ontem, após a notícia do Dr. Toinho, ressaltando: “Pois é! Quem diria! Que a Confraria ia ter tantas baixas – perdemos o confrade-mor – e agora, o nosso querido Antônio Rodrigues – tudo por causa desse incontestável e horripilante vírus maledicente”.

A Confraria do Olimpão conclui a nota: “Ficam as lembranças de que vivemos juntos. Descanse na verdadeira PAZ. E que Deus dê muita força a sua estimada família”.

Procurado pela reportagem no começo da tarde de ontem para falar sobre a morte do Dr. Antônio Rodrigues, o jornalista, pesquisador, escritor e palestrante Edmilson Sanches, enfatizou que “o Toinho Dentista sabia fazer jus à profissão, pois gostava de sorrir, espontaneamente. Amigo, alegre, divertido, pequeno, franzino, conhecedor de histórias de Imperatriz, podia ser visto em seu consultório, em tradicional ponto da Rua Coronel Manoel Bandeira, no centro histórico de Imperatriz”.

Edmilson Sanches destaca que, com sua morte, “Toinho ausenta-se para sempre de seu local de trabalho, seu antiquíssimo anúncio será excluído da página C2-4 do jornal diário O PROGRESSO, sua presença desaparecerá das rodas de conversas dos finais de semana no ‘Senadinho’ da Praça de Fátima e do bar do Seu Olímpio, com quem se encontrará nos Céus. Toinho Dentista, agora é só memória, lembranças, afeição, e saudades”.

Segundo Edmilson Sanches, o Toinho era o terceiro dos seis – primeiro, Maria Lourdes (mãe do administrador e colunista social Jonas Ribeiro, falecido); depois Cazuza, Rita, Toinho, Maria Olinda e Mário. O pai falecera antes de vir para Imperatriz. Dona Ana Marica, como era conhecida a mãe do Toinho, deixou para o filho sua alegria. 

“Alguns dizem nunca ter visto zangada dona Marica, que sabia como ninguém fazer um excelente café caseiro. O pai e a mãe de Toinho eram da região do município de São Domingos do Maranhão, que teve início no ano de 1894, com a chegada de José Tibúrcio feio, daí o lugar ter ficado conhecido como São Domingos do Zé Feio, hoje com 25 mil habitantes e área de 1.300 quilômetros quadrados, semelhantes à de Imperatriz”.

Casado com Rosária, Dr. Toinho deixa um casal de filhos – uma médica, Drª Ana Paula e um estudante de Direito, Vinícius.


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