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13/02/2022 às 12h41min - Atualizada em 13/02/2022 às 12h41min

“Show de Calouros” marcou uma geração

O programa comandado por Silvio Santos no final das noites de domingo por muitos anos foi uma das atrações preferidas de muitos brasileiros

Da Redação - GB Edições
Silvio Santos, com os jurados do “Show de Calouros”: Pedro de Lara, Décio Picchinni, Sônia Lima e Leão Lobo / Foto: Arquivo GB Imagem
  
Por quase 25 anos ininterruptos, Silvio Santos apresentou nos finais das noites de domingo o famoso “Show de Calouros”, um de seus programas de maior sucesso e que mais nostalgia traz aos brasileiros que acompanham a carreira do dono do SBT.

O “Show de Calouros” seguia o modelo básico de programas semelhantes que já faziam grande sucesso no rádio e marcaram profundamente a formação artística de Silvio Santos: vários candidatos a artistas (principalmente cantores) se apresentavam para uma bancada de jurados. No início, o júri era formado principalmente por especialistas, como o maestro José "Zé" Fernandes, a cantora romântica Cláudia Barroso e o compositor Alfredo Borba. Zé Fernandes ficou famoso por reprovar (com a nota zero) quase todos os candidatos que por ali passaram. Outro jurado sério era o jornalista Décio Piccinini, ainda que não tão rigoroso quanto Fernandes. A cantora Aracy de Almeida, sempre de mau humor e no controle da campainha que dispensava implacavelmente os maus cantores, tornou-se a sucessora de Zé Fernandes como a figura má do júri. Mais tarde, começaram a participar outros nomes que ficaram na mente do telespectador, como Pedro de Lara, o humorista Manuel da Nóbrega, a comediante Consuelo Leandro, a vedete Wilza Carla, Cinira Arruda entre outros.

Para dar um ar sério à atração, Silvio Santos se mostrava rigoroso, chamando os produtores ao palco para dar broncas. As vítimas favoritas era “um tal” de Carlinhos e o seu chefe, Valentino Guzzo. Carlinhos era bem forte e tinha a função de empurrar os calouros para o palco, quando Silvio Santos os chamava pelo nome. Quando um deles quase caiu, Silvio irritado chamou Carlinhos para lhe dar uma bronca. Depois foi a vez de Valentino, que tinha vindo da TV Bandeirantes. Valentino era nervoso e não gostava de aparecer na tela, mas seu constrangimento causava gargalhadas na plateia, fazendo com que Santos o chamasse cada vez mais. Valentino resolveu assumir a palhaçada, e acabou se tornando a Vovó Mafalda. Quando iniciou o SBT (TVS), em 1981, Silvio Santos aumentou o número de cadeiras do júri, preenchendo a maioria delas com artistas da casa. Assim tornaram-se jurados a atriz Sônia Lima, o apresentador infantil Sérgio Mallandro, a bailarina Flor, o repórter Wagner Montes, o jornalista Nelson Rubens, o apresentador Luis Ricardo, o repórter Jacinto Figueira Júnior, o ator Jorge Lafond, as apresentadoras infantis Eliana e Mara Maravilha, Condessa Giovanna, Vovó Mafalda, Sônia Abrão, entre outros.

Nos anos 80 ganharam destaque os concursos de transformistas, as garotas que dançavam, os cantores mirins e o "vale-tudo". Também fazia sucesso os quadros “Isto é Incrível”, “Show do Gongo” e as piadas de Ary Toledo.

Com o falecimento de Chacrinha, que era contratado da Globo, alguns jurados remanescentes de seu programa foram contratados por Silvio Santos, entre eles a atriz Elke Maravilha.

O programa saiu do ar em 1992, tornando-se o “Show de Variedades”, mais tarde, em 1993 passa-se a chamar “Novo Show de Calouros”.

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