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06/02/2022 às 21h45min - Atualizada em 06/02/2022 às 21h45min

Temos que tirar foco da árvore e colocá-lo em quem cuida, diz ministro

Joaquim Leite é o entrevistado deste domingo do Brasil em Pauta e disse que programa nacional de pagamentos por serviços ambientais vai atender todos os biomas.

Da Redação - Agência Brasil / Brasília
Joaquim Leite foi o entrevistado deste domingo do Brasil em Pauta - © Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Ao comentar o lançamento de um novo eixo do Programa Floresta +, o ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, defendeu que, quando o assunto é preservação, é preciso tirar o foco apenas das árvores e colocá-lo em quem cuida das árvores. “É esta a solução: remunerar quem cuida de floresta”, disse.

“É um programa nacional de pagamentos por serviços ambientais. Vai atender todos os biomas. Todos os biomas têm vegetação nativa, cada um com a sua característica. Todos devem ser reconhecidos. E aqueles que protegem devem ser reconhecidos e remunerados”, destacou, em entrevista ao programa Brasil em Pauta.

A proposta da pasta, de acordo com o ministro, é o pagamento por prestação de serviços ambientais de quem preserva o meio ambiente. “Temos que criar o fazendeiro de floresta nativa. Aquele que vai ser remunerado, bem remunerado, pela atividade de cuidar de floresta”, reforçou.

Leite lembrou que, no caso de reservas legais e áreas de preservação permanente (APP), o Código Florestal Brasileiro já prevê benefícios para quem cuida do meio ambiente. A ideia é expandir isso para áreas de floresta nativa, onde é possível fazer o manejo de baixo impacto e garantir a preservação da biodiversidade.

“Acho que isso nunca foi muito bem explorado durante a conferência do clima [COP26]. O foco sempre esteve na árvore e pouco nas pessoas que cuidam de árvore e que fazem essa proteção. Essa mudança de foco pode trazer uma solução não só para o Brasil, mas global, para conservar a biodiversidade, pra proteger florestas nativas e áreas úmidas.”


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