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16/12/2021 às 20h29min - Atualizada em 16/12/2021 às 20h29min

​Criminosos que fraudaram seguro-defeso de pescadores no Tocantins são alvos da PF

O seguro Defeso é um benefício de acesso ao seguro-desemprego destinado ao pescado artesanal

Assessoria
Foto: Divulgação
 
A Polícia Federal deflagrou a operação “Erva Daninha” para dar cumprimento a sete mandados de busca e apreensão visando colher provas e identificar pessoas que participaram de fraudes em face do seguro-defeso em Palmas (TO). A operação acontece nesta quinta-feira, (16/12) com cerca de 26 policiais federais cumprindo os mandados expedidos pela 4ª Vara Federal.

O seguro-defeso é um benefício de acesso ao seguro-desemprego destinado ao pescador artesanal, previsto na legislação brasileira e concedido pelo Governo Federal, que garante uma renda no valor de um salário mínimo mensal, durante o período em que a atividade pesqueira é proibida para a manutenção da preservação das espécies, como acontece durante a piracema.

Durante as investigações a Polícia Federal descobriu que cidadãos cooptados pelos criminosos cederam seus dados pessoais e bancários e repassam para criminosos que obtiveram de forma indevida acesso a senhas com nível gerencial do sistema do seguro-defeso e regularizam todas as inconsistências apontadas pelo sistema no requerimento forjado, mediante a rubrica “Acerto completo”.

Até o momento já foram contabilizados quase R$ 70 mil em prejuízos aos cofres públicos, por meio de recebimento indevido de parcelas do benefício, porém as investigações apontam que os valores desviados podem chegar a milhões tendo em vista que os crimes foram cometidos em diversos Estados da Federação.

Com as medidas cautelares e a análise dos materiais apreendidos, pretende-se identificar todas as pessoas que tiveram envolvimento nas fraudes e como foram obtidas as senhas com acessos gerenciais do sistema do seguro-defeso.

Os envolvidos poderão responder, na medida de suas responsabilidades, pelos crimes de Estelionato Majorado, Falsidade Ideológica e Associação Criminosa, cujas penas somadas, podem chegar a quase vinte anos de reclusão.

O nome da Operação se refere a pragas que se alastram com facilidade e são de difícil controle, fazendo referência a quantidade de pessoas envolvidas nesse tipo de ação criminosa e o esforço constante da Polícia Federal e do Núcleo Regional de Inteligência Previdenciária e Trabalhistano Tocantins – NUINT/INSS para combater a prática ilícita.

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