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14/10/2021 às 22h40min - Atualizada em 14/10/2021 às 22h40min

MST depreda sede da Aprosoja em Brasília

A depredação foi realizada pela Via Campesina, braço do Movimento Sem Terra (MST), nesta quinta-feira (14). Grupo pichou frases contra o governo Bolsonaro e agronegócio

Laísa Lopes
Brasil 61
Manifestantes na sede da Aprosoja, em Brasília, nesta quinta (14). Foto: Coletivo de Comunicação Via Campesina Brasil

  
Cerca de 60 manifestantes do Movimento Via Campesina Brasil, entidade ligada ao Movimento Sem Terra (MST), invadiram e picharam a sede da Associação Brasileira de Produtores de Soja (Aprosoja), em Brasília, na manhã desta quinta-feira (14).

A Via Campesina diz que a ação faz parte da Jornada Nacional da Soberania Alimentar que denuncia o agronegócio do país. No vídeo divulgado pelas redes sociais, é possível ver os manifestantes jogando tinta no portão da Aprosoja, estendendo faixas e gritando palavras de resistência.

Ainda de acordo com a Via Campesina, a ação contou com a participação de cerca de 200 camponeses, “denunciou o protagonismo que o agronegócio cumpre no crescimento da fome, da miséria e no aumento do preço dos alimentos no Brasil”.

A Polícia Civil do Distrito Federal informou que a depredação ocorreu entre as 7h10 e 7h30 da manhã. Um boletim de ocorrência foi registrado e a 10ª Delegacia de Polícia (Lago Sul) investiga o caso como crime de dano e associação criminosa. Os comunicantes foram ouvidos e a perícia foi solicitada para o local. 

Na parte interna da residência, é possível encontrar diversas frases na parede contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido). O presidente da Aprosoja Minas Gerais, Fábio Meirelles, registrou os danos causados na sede da associação. “Não sabemos o que motivou isso, tudo indica que é um ataque direto ao presidente da República”, diz.

O escritório também abriga a Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho). De acordo com a Aprosoja, no momento da invasão, uma funcionária da associação que estava no recinto precisou se esconder dentro do banheiro com medo de ser agredida pelas mais de 60 pessoas que participaram da invasão.

Em nota enviada à reportagem, a associação disse que “repudia veemente a invasão e a depredação de sua sede na manhã desta quinta-feira (14), em Brasília, e está tomando as providências cabíveis junto às autoridades policiais para que os responsáveis sejam identificados e responsabilizados por cada um dos crimes cometidos”.

A entidade diz ainda que “seguirá representando milhares de produtores rurais de todos os estados brasileiros que produzem soja e milho, grãos esses que são essenciais para garantir a alimentação da população brasileira e de diversos países”.
 


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