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21/09/2021 às 22h30min - Atualizada em 21/09/2021 às 22h30min

Vereadores repercutem a visita do prefeito e aprovam limitação de indicações de honrarias

Karoline Tragante
Fotos: Fábio Barbosa e Gidel Sena
 
Aprovado por unanimidade na Câmara Municipal o projeto de resolução nº 03/2021, de autoria do vereador Zesiel Ribeiro (PSDB), que limita o número de indicações dos títulos de Cidadania Imperatrizense e Medalha do Mérito Legislativo. O projeto foi apreciado na Sessão Plenária nesta terça-feira, 21, e inclui o parágrafo 4º no artigo 207, do Regimento Interno e já havia recebido parecer favorável na Comissão de Constituição e Justiça.

Na defesa do projeto, o vereador Zesiel explicou que com a diminuição de alguns títulos, as honrarias serão valorizadas e manifestou a intenção de, junto com o vereador Carlos Hermes (PCdoB), no próximo ano reduzir mais medalhas do quadro atual de honrarias entregues.

“A intenção nossa é valorizar os títulos e medalhas entregues na Casa e pensamos em ampliar essa redução no próximo ano à medida que vamos conversando com os colegas”, explicou Zesiel.

Repercussão

Em debate na Casa, os vereadores também utilizaram a tribuna para repercutir a visita do prefeito Assis Ramos realizada na segunda-feira, 21, quando o líder do executivo solicitou a colocação em pauta de matérias referentes a Caema e Hospital Socorrão.

O vereador Carlos Hermes (PCdoB) foi o primeiro inscrito e se colocou contrário à terceirização de serviços na cidade, como os trazidos pelo prefeito na reunião e que tratam sobre Organizações Sociais, matéria que já tramita na Casa.

“O prefeito está arrendando a nossa cidade. Ele foi reeleito, mas parece que cansou e quer entregar para empresas as administrações do Socorrão, Socorrinho e Caema. Já privatizou o estacionamento e agora quer privatizar a água e a saúde. Qual é o valor desse arrendamento? Quem está por trás disso”, questionou o parlamentar.

Já o vereador Ricardo Seidel (PSD), lembrou do posicionamento de alguns parlamentares quando a pauta da privatização é do governo Federal e frisou que já solicitou informações a Caema sobre o serviço prestado na cidade.

“ Senadores do Maranhão se posicionam contra a privatização, mas a base deles se coloca favorável à privatização na cidade. Não entendo esses posicionamentos contraditórios da Casa. Agora, que o serviço da Caema é uma porcaria, isso é. Só quem é cego que não vê isso. Mas como é que iremos tomar qualquer decisão sem elementos para analisar? Nem a contrapartida da prefeitura com o plano de saneamento temos”, questionou o vereador que cobra transparência nas informações sobre a Caema.

Na mesma linha, o vereador Adhemar Freitas Junior (SDD) também cobra por mais informações antes de debater os assuntos trazidos pelo prefeito Assis Ramos, principalmente em relação a matéria relacionada a contratação de uma Organização Social (OS) para assumir a gestão do hospital.

“Fico surpreso com a pauta da visita do Prefeito sobre a divulgação realizada pela Casa. Achei que seria para trazer informações completas sobre os custos da OS. Nós, como vereadores, temos a obrigação de sabermos detalhes sobre um projeto que pode trazer custos para o município. Outra pauta foi sobre a Caema. Cadê as informações? Como fazer se nem o plano de saneamento básico foi feito pelo Poder Executivo? Repito, achei que seria uma visita para apresentar informações e soluções”, afirmou o parlamentar.

O último vereador a se manifestar em relação à visita do prefeito na Casa foi o Bebé Taxista (Avante) lamentou o momento que a cidade vive com a falta de qualidade nos serviços prestados à população.

“Vivemos um momento que se discute muito a falta de uma boa prestação de serviço por parte da Caema, muitas reclamações por falta de água, de saneamento básico e o prefeito quer privatizar o serviço. Será que a privatização vai resolver ou vai trazer mais transtornos para a população. Precisamos participar desse debate, tanto da Caema quanto da OS”, pontuou o vereador, que lembrou que a mesma situação ocorreu com a Zona Azul. 

Consignado 

O vereador Wanderson Manchinha (PTB) foi o último inscrito e denunciou casos que estão ocorrendo com servidores da Prefeitura quanto à contratação de consignados que são descontados no contracheque e não estão sendo repassados para o banco. Em alguns casos, além da cobrança feita pelo banco, o problema acaba sendo maior pelo fato do vínculo com o contracheque gerar duplicidade de pagamento.

“ Imagine você receber 15 ligações no dia de uma dívida que não deveria existir. Se é descontado do contracheque do servidor, como é que não ocorre o repasse para o banco?”, questionou o vereador que pede uma resposta da Prefeitura de Imperatriz.

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