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11/09/2021 às 00h00min - Atualizada em 11/09/2021 às 00h00min

Livros & Leitura

Da Redação
GB Edições

A Pediatra

Cecília é o oposto do que se imagina de uma pediatra – uma mulher sem espírito maternal, pouco apreço por crianças e zero paciência para os pais e mães que as acompanham. Porém a medicina era um caminho natural para ela, que seguiu os passos do pai. Apesar de sua frieza com os pacientes, ela tem um consultório bem-sucedido, mas aos poucos se vê perdendo lugar para um pediatra humanista, que trabalha com doulas, parteiras e acompanha até partos domiciliares. Mesmo a obstetra cesarista com quem Cecília sempre colaborou agora parece preferi-lo. Ela fará, então, um mergulho investigativo na vida das mulheres que seguem o caminho do parto natural e da medicina alternativa, práticas que despreza profundamente. Em paralelo, vive uma relação com um homem casado, de cujo filho ela acompanhou o nascimento como neonatologista. E é esse menino que irá despertar sentimentos nunca antes experimentados pela pediatra. De Andréa Del Fuego, o livro tem 160 páginas e é da Editora Companhia das Letras.
 

Sula

Quando meninas, Nel e Sula compartilharam segredos e sonhos no pobre meio-oeste dos Estados Unidos. Mas,  Sula fugiu para viver seus sonhos e Nel se casou. Dez anos depois, Sula retorna e ninguém, muito menos Nel, confia nela. Como é possível voltar a se conectar com um passado que carrega tanta mágoa e um segredo tão profundo? Vista como pária pelas pessoas que se ressentem de sua força, Sula é uma mulher intransigente, uma força rebelde que desafia a pequenez de um mundo que tenta controlá-la. Ao contar essa história, Toni Morrison explora, com a habilidade literária que lhe é característica, o papel do medo em nossas vidas. Publicado depois do aclamado “O Olho Mais Azul”, “Sula” faz da amizade de duas crianças negras em Ohio a janela para uma reflexão profunda sobre o poder que o passado exerce no ser humano. Com 176 páginas o livro é da Editora Companhia das Letras.
 

David Copperfield – Edição Comentada e Ilustrada

Um dos maiores romances da literatura mundial, “David Copperfield” tem entre seus leitores gerações sucessivas de escritores do porte de James Joyce, Kakfa, Virginia Woolf e Tolstói, para quem é fonte de inspiração permanente. A lista inclui também o próprio Charles Dickens, que considerava o livro "seu filho favorito". Publicada como folhetim entre 1849 e 1850, a história é um clássico relato de formação de um menino descobrindo um mundo que é, ao mesmo tempo, mágico, assustador e terrivelmente real. Dickens constrói esse universo de forma brilhante, emprestando a ele partes substanciais de sua própria biografia, mas usando como amálgama a sua inventividade incomparável como ficcionista e as tintas mais acuradas do realismo inglês do Século XIX. Assim, seguimos a vida de David, desde a sua infância pobre e difícil até a descoberta da vocação de escritor, numa jornada repleta de aventuras cômicas, sentimentais e por vezes trágicas. É impossível não se comover com o destino de David e não se deliciar com o fabuloso elenco de personagens que cruzam e acompanham seu caminho – o padrasto cruel Murdstone; o irresponsável Micawber; a frívola e encantadora Dora; e o humilde, porém traiçoeiro Uriah Heep. Com 872 páginas, o livro é da Editora Clássicos Zahar.
 

Poeta Chileno

O protagonista deste romance magnético, Gonzalo, é um aspirante a poeta e padrasto de Vicente, um menino viciado em comida de gatos, que mais tarde vai se recusar a ir à faculdade porque seu sonho é seguir os passos do pai postiço e se tornar também poeta (apesar dos conselhos de sua mãe orgulhosamente solitária, Carla, e de seu pai, León, um tipo duvidoso que se dedica a colecionar carros em miniatura). O poderoso mito da poesia chilena – "somos bicampeões na Copa do Mundo de poesia", diz um personagem, referindo-se aos Nobel conquistados por Gabriela Mistral e Pablo Neruda – é revisitado e questionado por Pru, uma jornalista estrangeira que se torna testemunha acidental deste áspero e intenso mundo de heróis e impostores literários. “Poeta Chileno”, que confirma o nome de Alejandro Zambra como um dos principais narradores do continente, é um romance apaixonante sobre poesia, sobre poetas que desprezam o romance, sobre a América Latina, sobre os labirintos da masculinidade contemporânea (as recalcitrantes, as novas, as que estão em transição), sobre os trágicos vaivéns do amor, sobre famílias modernas e fragmentadas, sobre o desejo de pertencimento e, sobretudo, sobre o sentido de ler e escrever no mundo atual. Com 432 páginas, o livro é da Editora Companhia das Letras.
 
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