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03/07/2021 às 00h00min - Atualizada em 03/07/2021 às 00h00min

VÍRUS

NAILTON LYRA

NAILTON LYRA

O Doutor ​NAILTON Jorge Ferreira LYRA é médico e Conselheiro do CRM/MA e Conselheiro do CFM representando o Estado do Maranhão

 
Estamos vivendo neste 01 ano e 1/2 a pandemia que transformou esse mundo em um verdadeiro pandemônio. Opiniões de estudiosos, cientistas, não cientistas, em grupos de WhatsApp, Messenger, Instagram, Facebook, botecos, esquinas, enfim tudo e todos transformaram-se em virologistas.  No país do futebol as discussões ocuparam-se com a chamada pandemia.  Evento reconhecido oficialmente pela OMS em 11 de Março de 2020, originário de uma história ou estória estranha vinda de uma cidade que nunca ouvimos falar, Wuhan, na China.


Veio do morcego, escapou do laboratório, guerra bacteriológica aí começa as interpretações e opiniões diversas.

Mas vamos lá, primeiro o que é um vírus ? tentaremos ser bem sintéticos para a compreensão de todos, não irei falar coisas para médicos, virologistas, bacteriologistas epidemiologistas, falarei para os nosso leitores do dia a dia.

O substantivo vírus origina-se do latim “vírus”  que significa veneno ou toxina, não é considerado ser vivo e sim um pequeno, mas muito pequeno, agente infeccioso de estrutura bem simples, uma cápsula de uma proteína e dentro desta cápsula seu material genético, molécula ou moléculas de ácidos nucleicos (DNA ou RNA). São tão pequenos que escapam aos microscópios comuns sendo necessários microscópios especiais, denominados de eletrônicos.

Não são considerados organismos por não possuírem as chamadas organelas celulares como as mitocôndrias, ribossomos, etc. e não conseguem produzir sua própria energia com reações químicas complexas como a do ciclo de Krebs ou a fotossíntese..

Em 1898, o microbiologista Martinus Beijerinck, biólogo holandês repetiu a experiência de Adolf Mayer, biólogo alemão  e ficou convencido que a solução filtrada a partir da doença da folha do tabaco, chamada de mosaico, continha um novo agente infeccioso, denominado de “contagium vivum fluidum”  (fluido vivo contagioso). Ele também observou que este agente apenas se reproduzia em células que se dividiam, mas não conseguiu determinar se este seria constituído de partículas, assumindo que os vírus estariam presentes no estado líquido. Beijerinck introduziu o termo “vírus” para indicar que o agente causal da doença do mosaico do tabaco não tinha uma natureza bacteriana, e sua descoberta é considerada como o marco inicial da virologia.

Pronto, já sabemos onde começou a história da virologia, mas sua fotografia, do vírus, veio somente em 1931 através de uso do chamado microscópio eletrônico por Ernest Ruska e Max Knoll  em Berlim.

No Brasil, a Virologia teve seus passos iniciais nos trabalhos de  Prowazek e Aragão sobre varíola e a febre Amarela na antiga Fazenda de Manguinhos, hoje Instituto Osvaldo Cruz, realizados em 1905 e publicados na Alemanha em 1911, já se vão mais de cem anos !.

E a atualidade ? O maldito SARS-COV 2 ! primeiro o que significa isso ? esse nome que ouvimos diariamente, motivo de pânico generalizado e causa de mais de 500.00 óbitos no Brasil.

SARS COV 2 é Severe Acute Respiratory Syndrome Coronavirus 2 – síndrome respiratória aguda severa provocada pelo vírus corona tipo 2. Uma doença viral, extremamente contagiosa passando de pessoa a pessoa por meio de aerossóis respiratórios, partículas microscópicas por nós expelidas, daí o uso de máscaras de proteção. Coronavírus é uma família viral que tem como característica microscópica a presença de uma forma de coroa, daí o nome corona (do latim coroa), em seu entorno, já conhecemos bem as fotografias exibidas fartamente pela  imprensa. São vírus respiratórios bem conhecidos de longa data.  Já fez outros estragos como a MERS COV, outra grave infecção respiratória do  Oriente também por corona vírus.

Mas temos que saber, o remédio é vacina e evitar contágios.

Espero que esse breve relato ajude  aos habitantes de Pindorama, o país do paparico, psirico sassarico e prevarico a entenderem o que significa Vírus e não a virarem virologistas.
Não precisamos ser aquele que vai morrer como I-Juca Pirama, o último Tupi de Gonçalves Dias, basta nos cuidarmos !, a roda já existe é só utilizá-la adequadamente.
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