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13/03/2021 às 00h00min - Atualizada em 13/03/2021 às 00h00min

Bastidores

CORIOLANO FILHO

CORIOLANO FILHO

CORIOLANO FILHO, passou a comandar a Redação depois de ter passado por, praticamente, todos os setores do jornal. - [email protected]


 

Mexida no tabuleiro político

O assunto político predominante neste final de semana está sendo a volta ao PSDB do vice-governador Carlos Brandão, que deixou o PRB. E não retorna como simples filiado. Vai comandar o partido no Estado, em substituição ao senador Roberto Rocha. Muita gente está sem entender o que realmente aconteceu, havendo especulações para todos os gostos. Brandão é vice de Flávio Dino (PCdoB), que é contra Jair Bolsonaro e tem demonstrado a disposição de apoiar o ex-presidente Lula (PT), caso este tenha condições jurídicas para entrar no páreo em 2022. Mas o PSDB tem o governador de São Paulo, João Dória, como provável candidato a presidente da República. E aí, como ficaria a situação de Brandão, que pretende ser candidato a governador com apoio de Flávio Dino? Ontem, um tucano disse que na semana passada Roberto Rocha já havia manifestado ao comando nacional do partido a disposição de sair, devido à sua posição como aliado do presidente Bolsonaro, quando o PSDB é adversário do Palácio do Planalto. Assim, a sua permanência no ninho tucano se tornou insustentável. A cúpula de “bico grande” não perdeu tempo e, antes mesmo que RR oficializasse a sua saída, entregou o comando da sigla a Carlos Brandão. Agora é esperar como vai ficar o quadro de 2022 para se saber como realmente a situação do vice-governador no jogo. Se Flávio Dino resolver apoiar Dória, e não o candidato do PT, aí fica melhor para Brandão ir à luta pelo Palácio dos Leões.

E…

Ainda segundo a fonte tucana, o ex-deputado e ex-prefeito Sebastião Madeira, tentou articular a filiação do deputado federal Pedro Lucas Fernandes, que perdeu o comando estadual do PTB porque votou contra os interesses do Palácio do Planalto. Além dele, teriam sido sondados outros parlamentares. Caso tivesse se concretizado a ida do deputado federal, a cúpula nacional não teria entregue o partido a Carlos Brandão, porque já teria uma liderança de mandato para comandar a sigla. Embora seja muito próximo de Roberto Rocha, inclusive estando exercendo um cargo de assessor, o ex-prefeito Madeira não deverá deixar o PSDB para acompanhar o senador. A garantia é da própria fonte tucana.

Prestígio

E por que foi escolhido o vice-governador Carlos Brandão para comandar o PSDB, já que até a senadora Eliziane Gama desejava assumir o partido? Brandão saiu do PSDB mas sempre gozou de muito prestígio junto à cúpula nacional, sendo amigo do presidente da sigla, Bruno Araújo. Daí prevaleceu a sua força para ganhar a disputa com Eliziane Gama, e até mesmo com o deputado Glauber Cutrim, que também esteve sendo sondado.

E aí?

O ex-prefeito Sebastião Madeira e alguns aliados são vinculados ao gabinete do senador Roberto Rocha. Seguindo o novo comandante do PSDB, Carlos Brandão, como ficaria o vínculo deles? São auxiliares do senador, que tem projeto de candidatura ao governo, mas também não rejeitam Brandão, como é o caso do próprio Madeira, que vai seguir no PSDB, conforme a fonte tucana. O ex-prefeito foi fundador da sigla em Imperatriz, da qual nunca saiu, e não seria a guinada rumo ao grupo de Flávio Dino (PCdoB) que o faria sair, até porque já esteve no palanque do time liderado pelo comunista, como nas eleições de 2014, em que o candidato a presidente foi Aécio Neves.

Aguardar

Como ainda há muita coisa para clarear e entender-se melhor o que aconteceu, é aguardar o que virá pela frente até o quadro se definir rumo às eleições de 2020. Por enquanto, muitas coisas ficarão apenas na base das especulações. Como ainda está longe o pleito, tudo pode acontecer até lá, afinal a política é muito dinâmica. Como dizia o mineiro Magalhães Pinto: “Política é como nuvem. Você olha e ela está de um jeito. Olha de novo e ela já mudou”.

Olha aí!

O governador Flávio Dino (PCdoB) resolveu endurecer com os prefeitos. Ontem, anunciou que ampliará a exigência para que as prefeituras recebam novas doses de vacinas. O governo estadual estava exigindo comprovação de aplicação de 60% dos imunizantes que os municípios recebem. Mas a partir de agora vai exigir 70%. Assim, pretende “apertar” as prefeituras para que sejam mais ágeis na aplicação da vacina.
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