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28/11/2020 às 00h00min - Atualizada em 28/11/2020 às 00h00min

CORONAVIRUS, CRIANÇAS E ADOLESCENTES

FERNANDO BELFORT

FERNANDO BELFORT

Doutor FERNANDO José da Cunha BELFORT é Desembargador aposentado do TRT 16ªR, ...


Meus amigos. Interessante artigo li sobre os perigos a que estão expostos as crianças e os adolescentes sobre os males do Coronavírus o qual passo transcrever.

A pandemia do Coronavírus traz à tona – ou deveria trazer – uma preocupação redobrada com a população em maior estado de vulnerabilidade do país: além dos idosos e grupos de risco, as famílias de comunidades pobres, moradores de rua e, em especial, crianças e adolescentes, prioridade absoluta de acordo com a Constituição Federal.

A pandemia evidencia a fragilidade das políticas voltadas a essas pessoas, que já vinham ocupando menos espaço no orçamento desde 2016. E mostra como a desigualdade social no Brasil pode ser ainda mais perversa com essas camadas da população em situações-limite. Muitas famílias, seja pela natureza de seu trabalho, seja pelas condições precárias de moradia, não estão conseguindo adotar o isolamento recomendado pela da Organização Mundial de Saúde (OMS) para conter a disseminação do vírus.

“Grande parcela da população não poderá desfrutar desse ‘privilégio’ do confinamento – o que é estranho, pois estamos falando de uma pandemia”, observa Felipe Caetano, coordenador do Núcleo de Cidadania dos Adolescentes e co-fundador dos comitês de adolescentes pela Prevenção e Erradicação do trabalho infantil.

O vírus se espalha rapidamente pelos países, não tem tratamento específico, nem vacina e causa a morte de pelo menos 3,74% das pessoas atingidas, segundo a OMS. Mesmo no Brasil, onde as estratégias para conter a pandemia mundial não estão entre as mais restritivas, a orientação é que todas as pessoas fiquem em casa.

Diversas escolas, universidades e órgãos do governo decretaram suspensão de suas atividades. Serviços não essenciais e boa parte do comércio também estão fechados. Mas os cuidados não atingem a todos. Caetano, de 18 anos, lembra que crianças e adolescentes em situação de trabalho infantil, por exemplo, podem não ter o direito de ficar seguros em suas casas, como as crianças de classe média e alta.

Mesmo para as crianças em estado de vulnerabilidade que ficam em casa, outros riscos podem se apresentar. Estela Scandola, doutora em Serviço Social, pesquisadora da Escola de Saúde Pública do Mato Grosso do Sul e integrante da rede feminista de saúde, lembra que os adultos também estarão em casa e que a quarentena do Coronavírus deflagra as violações que não foram pensadas de forma global nas políticas públicas, atendendo crianças e adolescentes em todas as suas necessidades. “É um momento crítico e isso ficará mais evidente com a impossibilidade de ir à escola e sair de casa. Muitas famílias não têm o que comer. Em outras, as relações familiares são inexistentes e assim por diante”, afirma.

Estela lembra que no Brasil, com tantas desigualdades, uma coisa é suspender as aulas da classe A e da classe média, quando os pais são funcionários públicos ou de empresas que também pararam de trabalhar e outra é das classes mais empobrecidas. “Quando os pais são trabalhadores precarizados ou diaristas, como vai ser o processo de manutenção dessa família?”

“O Coronavírus não pode ser pensado somente a partir dele mesmo, mas das condições em que o país se encontra em termos de desigualdades”.

“Como pensar o Coronavírus e o isolamento social em famílias que vivem grandes aglomerados na mesma casa? Ou quando as crianças têm a sua principal refeição a merenda escolar?

Sem aula as crianças não recebem merenda e a conclusão logica é que o número de casos entre as crianças e adolescentes vai aumentar.
Deus se apiede do nosso País. Até a próxima.

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