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05/11/2020 às 00h00min - Atualizada em 05/11/2020 às 00h00min

Coluna do Lima Rodrigues


Amigos da Terra e Frigorífico Frigol unem-se para diminuir focos de queimadas no Pará
O município de São Félix do Xingu, no Pará, é conhecido pelos números superlativos. É o líder em bovinos no Brasil (2,5 milhões de cabeças) e o segundo em extensão territorial (84,2 mil km2). Mas também é o segundo município do Bioma Amazônia com mais focos de incêndio: em 2019, foram 3.787 focos ou 8% de todo o bioma, segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisa Espacial (INPE). Até agosto deste ano, foram 2.574 focos (10% do total do bioma Amazônia: 25.571), mas o período mais desafiador é agora, entre setembro e outubro, época do auge da seca na região Norte do país.

A Organização Não Governamental (ONG) Amigos da Terra e o Frigorífico Frigol unem esforços para reverter esse quadro.

Projeto de ações para diminuir as queimadas
Está começando a primeira etapa do Projeto de Ações para Diminuição de Queimadas, iniciativa de educação, informação e ações práticas para conscientização das comunidades de São Félix do Xingu e do município Água Azul do Norte, a 185 km de distância, dos riscos das queimadas para o meio ambiente e para as pessoas.

O projeto inclui ações voltadas para toda a população e setores econômicos, com destaque para as escolas, o comércio e a área da saúde, além de entidades de classe e funcionários e fornecedores das unidades de abate da Frigol nos dois municípios.

“Temos cerca de 1.100 trabalhadores e 1.500 fornecedores em São Félix do Xingu e Água Azul do Norte. Queremos impactar a todos com o Projeto. O objetivo é que as pessoas recebam informações detalhadas sobre os riscos das queimadas e uso do fogo e que possam levar para suas famílias (colaboradores) e para as práticas em suas propriedades (fornecedores de gado)”, informa Marcos Câmara, CEO da Frigol, quarto maior grupo frigorífico do Brasil.

Ampla comunicação
O Projeto de Ações para Diminuição de Queimadas utiliza cartilhas, cartazes, outdoors, comunicações audiovisuais e spots de rádio para atingir as comunidades de São Félix do Xingu e Água Azul do Norte. “Na segunda etapa, pós-pandemia, estão programadas oficinas presenciais para levar orientações práticas para as pessoas dos dois municípios”, explica Luciane Simões, gerente de projetos da Amigos da Terra – Amazônia Brasileira.

“É nosso papel como indústria trabalhar em parceria com organizações e entidades de classe para levar informações de qualidade para as pessoas. As queimadas causam prejuízos não apenas nas propriedades rurais, mas também nas cidades, impactando as pessoas”, ressalta Marcos Câmara, CEO da Frigol.

O projeto tem objetivos claros em termos de redução do uso do fogo como prática agrícola e sua substituição por outras técnicas, fortalecimento da produção sustentável, redução do impacto ambiental e integração dos vários elos envolvidos direta e indiretamente, fortalecendo o diálogo multisetorial.

Amigos da Terra
A Amigos da Terra tem experiência prévia e positiva com esse tipo de iniciativa. Em ação anterior nos mesmos moldes, os focos de incêndio foram reduzidos pela metade no sul do Pará.

“O fogo é terrível sob todos os aspectos. Ele provoca danos à biodiversidade, amplia a incidência de doenças respiratórias, superlota a rede de saúde pública dos municípios, afeta a infraestrutura urbana e rural, pode causar prejuízos financeiros ao poder público e provoca danos irreparáveis à imagem das cidades”, constata Mauro Armelin, diretor executivo da Amigos da Terra.

“Queremos contribuir para mudar não apenas a imagem de São Félix do Xingu e, por associação, de Água Azul do Norte, mas obter resultados efetivos em termos de redução do número de focos de queimadas e consequente preservação do ecossistema do Bioma Amazônia”, diz Marcos Câmara, da Frigol.

Encontro Nacional das Cooperativas Agropecuárias
Após o grande sucesso de dois eventos virtuais, o Encontro Nacional das Mulheres Cooperativistas (Enmcoop), em setembro, e o Encontro de Gestão dos Cafeicultores (Encoffee), em outubro, o Grupo Conecta, empresa de eventos sediada em Uberlância (MG), têm mais duas apostas para 2020: o Encontro Nacional das Cooperativas Agropecuárias (Enca), nos dias 24, 25 e 26 de novembro, e o Top Farmers – Desenvolvendo Competências para o Campo, nos dias 15 e 16 de dezembro.

ENCA – 24, 25 e 26 de novembro
Realizado de forma presencial por dois anos consecutivos, o Encontro Nacional das Cooperativas Agropecuárias (ENCA) apresenta uma programação totalmente online com três fóruns focados em liderança, gestão, vendas e eficiência técnica. Dentre os destaques da programação, nomes como o do jornalista e comentarista Alexandre Garcia, que falará sobre o atual cenário político e econômico, o jornalista e professor Clóvis de Barros Filho, com o tema ansiedade e os impactos na produtividade, o filósofo Mário Sérgio Cortella e o economista Alexandre Mendonça de Barros. Além das palestras, o ENCA 2020 apresentará ainda mais de 20 painéis divididos em três dias de evento.

No Fórum Administrativo, em 24 de novembro, os congressistas poderão conferir temas como fluxo de caixa, excelência logística WMS, gestão de pessoas, visão inovadora para o setor de Recursos Humanos e marketing estratégico. No Fórum Comercial, em 25 de novembro, o destaque é a gestão de vendas e a parte técnica dos negócios, com suporte aos agrônomos, balconistas e outros profissionais do segmento. Em 26 de novembro, o Fórum de Líderes trará presidentes e diretores para discutir a gestão estratégica das cooperativas. (Tento Comunicação Corporativa – SP).

Top Farmers – 15 e 16 de dezembro
Um dos últimos eventos do ano no calendário do agro, o Top Farmers – Desenvolvendo Competências para o Campo terá sua terceira edição realizada de forma totalmente online, em uma plataforma especial com estandes e plenária virtuais. Produtores de soja, milho, café e algodão de todo o país terão acesso a palestras magnas e dois fóruns segmentados: Fórum de Gestão e o Fórum Técnico, com painéis simultâneos sobre temas como crédito no agronegócio, seguro rural, sucessão familiar, manejo e controle de pragas, nova geração do agro, compliance, hedge, a nova Lei do Agro e suas aplicações, e as tendências para o mercado de soja, milho, café e algodão. Os congressistas também acompanharão uma série de palestras especiais, dentre elas com o jornalista, escritor e comentarista Augusto Nunes sobre o cenário político e econômico do agro, e vários outros.

Enmcoop e Encoffee
Os dois eventos já realizados pelo Grupo Conecta foram um sucesso. Com uma programação totalmente especial às mulheres, o Encontro Nacional das Mulheres Cooperativistas teve mais de 137 mil acessos em apenas dois dias, em 29 e 30 de setembro. Já o Encontro de Gestão dos Cafeicultores reuniu, dias 20 e 21 de outubro, representantes do setor produtivo, comercial e acadêmico para debater as tendências da cafeicultura no país, em um ano em que as exportações têm batido recorde.

“Em um ano desafiador como este, o mundo se reinventou e conosco não foi diferente. Nossos eventos presenciais se tornaram virtuais e estão sendo um grande sucesso. Nosso objetivo, com tanto conteúdo, foi proporcionar conhecimento a fim de que todo o agronegócio seja cada vez mais produtivo dentro e fora da porteira”, afirma Danilo Bomfim, Diretor do Grupo Conecta.

As inscrições do ENCA e do Top Farmers já estão abertas no valor de R$ 110,00. Para conferir a programação completa dos dois eventos, acesse o site www.gpoconecta.com.br. (Lilian Munhoz – Assessoria de Imprensa).

Brasil abre 100 novos mercados externos para produtos agropecuários
O Brasil conquistou a abertura de 100 novos mercados para produtos da agropecuária nacional desde janeiro de 2019. O mais recente é exportação de suínos (reprodução) para a Colômbia.

O trabalho de abertura de mercados externos não contempla apenas a venda de produtos tradicionais dos quais o Brasil já é um grande exportador, como carnes, mas de diversos produtos da cadeia agrícola, como castanhas, chá, frutas, pescados, lácteos e plantas, atendendo ao objetivo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) de diversificar a pauta exportadora brasileira.

“Isso significa novas oportunidades para os produtores brasileiros que vêm trabalhando com afinco e demostrando muita resiliência, mesmo passando por uma pandemia. Acredito muito na competência e competitividade dos nossos produtores e essas aberturas refletem a intenção do Mapa em diversificar cada vez mais nossa pauta de exportação”, destaca a ministra Tereza Cristina.

Entre as aberturas de produtos não tradicionais estão Castanha de Baru para a Coreia do Sul, mudas de coco para a Guiana, Castanha do Brasil para Arábia Saudita, milho de pipoca para Colômbia, gergelim para Índia, mudas de eucalipto para Colômbia, ovos com casca para Singapura e abacate para Argentina.

Foram abertos mercados para produtos de alto valor agregado, como material genético avícola para os Emirados Árabes Unidos e Marrocos e embriões equinos para os Estados Unidos.

Os produtos derivados de aves (carnes, miúdos e farinhas) estão entre os mais procurados, totalizando 13 aberturas, assim como 11 de bovinos, nove de plantas, oito de produtos suínos, oito de material genético bovino, sete de lácteos e cinco de frutas. (Fonte: Ministério da Agricultura).

Viva o agro. Até a próxima semana.
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