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31/10/2020 às 00h00min - Atualizada em 31/10/2020 às 00h00min

Bastidores

CORIOLANO FILHO

CORIOLANO FILHO

CORIOLANO FILHO, passou a comandar a Redação depois de ter passado por, praticamente, todos os setores do jornal. - [email protected]


Agenda e boiolagem
A polêmica provocada pela declaração de Jair Bolsonaro sobre o Guaraná Jesus teve tanta repercussão que ofuscou a agenda que o presidente cumpriu em São Luís e Imperatriz, na quinta-feira. Ao tomar o refrigerante na capital, ele comentou que “agora virei boiola, igual maranhense…”  E mesmo se ele não tivesse feito essa piada de mau gosto, fora a vontade dos seus seguidores em vê-lo a visita não teria repercutido, porque o que a população queria ouvir não foi dito, como a questão das obras de duplicação da BR-010, no perímetro urbano, e a tão propalada criação da nova universidade federal em Imperatriz. Bolsonaro foi ao Panelódromo, construído pela prefeitura com recurso doa Codevasf, e usou o palanque para fazer discurso político direcionado ao governador Flávio Dino (PCdoB), com o velho lenga-lenga de que vai acabar com o comunismo no Brasil, como se aqui tivesse isso. Na verdade, temos apenas uma sigla partidária. Esperava-se uma agenda mais produtiva que, além de “vazia”, foi ofuscada pela “pérola” homofóbica do presidente sobre os maranhenses. Uma pena!

E…
Se não houve nada de novo, pelo menos tivemos uma quinta-feira divertida com certas cenas protagonizadas por políticos durante a chegada de Bolsonaro. Um prato cheio para as redes sociais. Foram memes e comentários de todo jeito. Uma das cenas foi o ex-prefeito Sebastião Madeira sendo empurrado por seguranças do presidente. Aliados se chatearam com a divulgação da imagem, mas à noite o próprio Madeira gravou um vídeo comentando o assunto de forma bem humorada. Tirou de letra. Também foi mostrado o senador Roberto Rocha correndo atrás do carro de Bolsonaro junto com a multidão. Claro que nos dois casos os adversários aproveitaram para tirar casquina a seu modo.  

Liturgia
Alguns comportamentos já registrados de  Bolsonaro, como o ocorrido em São Luís no caso do Guaraná Jesus, por mais que ele queira demonstrar ser brincadeira, fogem da liturgia do cargo. O ex-presidente José Sarney costumava fala sobre isso. Às vezes sentia-se que ele queria falar ou fazer algo, mas mantinha-se fiel ao comportamento adequado à função que exercia – a Presidência da República. Era ciente que não estava sentado numa mesa de botequim. Não estaria na hora de alguém explicar a Bolsonaro a importância da liturgia do cargo? Segui-la, seria um respeito à própria função que exerce.

Propaganda
Bisneta do criador do Guaraná Jesus, a jornalista e empresária Roberta Gomes disse que  o guaraná nunca teve uma propaganda gratuita como agora. “Foi um comentário preconceituoso. Não destoa da pessoa que ele é e só deu abertura para o Maranhão mostrar que não é qualquer coisa. Mas para minha família, foi ótimo. O guaraná nunca teve uma publicidade tão gratuita como agora”, afirmou Roberta ao jornalista Guilherme Amado, da Época.

Zangados
O governador Flávio Dino não gostou nem um pouco da declaração do presidente Jair Bolsonaro e prometeu processá-lo. Já o presidente do PCdoB no Maranhão e vice-líder do partido na Câmara, deputado federal Márcio Jerry, ingressou no Ministério Público Federal (MPF) com uma representação acusando o presidente Jair Bolsonaro de improbidade administrativa. Márcio Jerry questiona declarações feitas por Bolsonaro durante visita ao Maranhão. Afirma que o presidente utilizou expressivos recursos públicos para atender interesses particulares de cunho político-eleitoral, infringindo a Constituição e a Lei nº 8.429/92, que trata da improbidade administrativa.
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