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27/05/2023 às 00h00min - Atualizada em 27/05/2023 às 00h00min

Caminhos por onde andei

CLEMENTE VIEGAS

CLEMENTE VIEGAS

O Doutor CLEMENTE VIEGAS é advogado, jornalista, cronista e... interpreta e questiona o social.

ACREDITE SE QUISER 

O fato aconteceu há uns dez anos e, que eu me lembre, só agora vira um texto. Eu estava acho que na sexta ou sétima viagem, ao princípio de setenta e oito (78) viagens à minha terra, onde construímos o MEMORIAL DE ANTÔNIO DE INEZ, um sítio florestal, que homenageia os MEUS PAIS e outros ancestrais. Viajava comigo o SALVADOR, um operário padrão da melhor qualidade e o JOÃO KENNEDY, um ajudante que se tornou um “expert” de primeira linha, no quanto faz.

Céu claro tempo bom, por volta de duas da tarde. Comigo ao volante, estávamos próximos à cidade de Vitória do Mearim. A certa altura, na distância, em sentido contrário, lá vem um carro que me pareceu um AUTOMÓVEL FUSCA que, próximo da gente, dobrou abrupto  para a sua esquerda em diagonal. Foi uma questão de segundos!!! E, quando dei por conta, não era um fusca, era um caminhão, que já estava do outro lado da pista (do nosso lado), no acostamento. Ficamos os três totalmente apavorados!

Perguntei ao Salvador e ao Kennedy: Vocês viram? Eles responderam positivamente. E, ninguém disse mais nada. Em dez minutos chegamos a Vitória do Mearim. O três fomos diretos para a água de açúcar. E lá permanecemos estáticos, e mudos por meia hora, até recobrarmos os sentidos e o equilíbrio psicoemocional.

 

ANOS MAIS TARDE,

Viajávamos o SALVADOR e EU, para o mesmo destino. Estávamos, acho que entre Bom Jesus das Selvas e Buriticupu. Era manhã, cedo da manhã, céu claro tempo bom. A certa altura, lá em cima, no horizonte, vejo a cortina de uma intensa nuvem negra. Seguindo viagem, logo entramos num túnel de escuridão. Rápido, liguei os faróis e até pensei em parar, mas, também rápido imaginei que poderia ser abalroado por trás e seria pior.

O percurso na escuridão, demorou em torno de um minuto, ou minuto e meio. Foi o tempo mais longo da minha vida. Logo adiante, atravessamos e a nuvem negra ficou para trás. Então perguntei ao Salvador: Tu viu? – Vi, respondeu. E seguimos viagem para nunca mais (nunca mais), submetermo-nos a semelhante fenômeno!

 

TEM OUTRA:

CERTA FEITA VIAJÁVAMOS O SALVADOR, o JANILSON, este uma fera incansável ao serviço de apoio. Paramos à estrada, na Baixada, numa simpática casinha de palha, para o café da manhã. E como advogado é bicho perguntador então perguntei: - Senhora como é o nome deste lugar? - CURVA DO NEGUINHO, foi como me respondeu. – Curva do Neguinho, por quê?  Voltei a perguntar. – Ela então me disse que nas noites, cedo da noite, costumava naquela curva, aparecer um NEGUINHO, como que atordoado e atentado, movimentava-se para um lado e outro, na pista, à frente dos carros. E isso resultou em acidentes.

Então perguntei: Os acidentes persistem? – Não. Depois que a comunidade fez umas rezas, não tivemos mais acidente por aqui e o NEGUINHO DESAPARECEU, disse. Viagens depois, quando estávamos o SALVADOR, O JANILSON e eu, eis que numa noite, ainda cedo, VIAGEM TRANQUILA, quando demos por conta, um ônibus que viajava em sentido contrário, sai da sua mão de direção e, em diagonal, atravessou em nossa direção, dando com os costados nas touceiras de capim crescido, à beira da estrada. Foi um sufoco! Foi questão de segundos! Logo seguimos estrada. Foi quando o SALVADOR perguntou exclamando. Sabe onde estamos?! Na Curva do Neguinho! Aí os nervos subiram à flor da pele!

 

PARA CONCLUIR:

Certa vez eu vinha numa Camioneta Strada, nova, saindo de Axixá do Tocantins. A certo momento, numa altura, pós-cemitério, a camioneta, do nada, bateu biela (coisa que nunca houvera acontecido e não mais acontecera) e... desligou. Aquilo me pareceu estranho e preocupante. E então, liguei-a novamente e segui normalmente. Na próxima viagem, ao Axixá do Tocantins, também de volta e nas mesmas proximidades, o carro, novamente, deu o mesmo “piripac”, ainda que em menor intensidade.

Permiti-me, então, imaginar que no local teria algo estranho, metafísico. Sei-lá-o-quê. E então consultei com alguns motoristas que trafegam naquele trecho, mas não obtive relatos. Doutras vezes, em passagem “sempre com um pé atrás”, nada mais registrei.

* Viegas interpreta e questiona o social.
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