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13/05/2023 às 00h00min - Atualizada em 13/05/2023 às 18h00min

Febre Amarela

NAILTON LYRA

NAILTON LYRA

O Doutor ​NAILTON Jorge Ferreira LYRA é médico e Conselheiro do CRM/MA e Conselheiro do CFM representando o Estado do Maranhão

  
Recentemente tive que renovar meu cartão de vacinação, entre elas está a da Febre Amarela.
 
Resolvi, então, verificar a situação dessa endemia no Brasil e no Maranhão.
 
De acordo com a Organização Mundial de Saúde, a Febre Amarela é endêmica em 47 países, sendo em 34 na África e em 13 da América Central e do Sul. Em alguns desses países, somente em algumas regiões.
 
É causada por vírus do gênero Flavivírus, transmitida por mosquitos da espécie Aedes (principalmente o Aedes aegypti que também transmite a Zika, a Dengue e a Chikungunya) e o Haemagogus.
 
Três formas de apresentação da endemia: a silvestre, a intermediária e a urbana que ocorrem na forma de grandes epidemias quando o vírus é introduzido em áreas densamente povoadas e a imunidade é praticamente ausente devido à baixa taxa de vacinação.
 
Geralmente, os sintomas são muito fracos ou não apresentam manifestações da doença. As primeiras manifestações da doença são repentinas: febre alta, calafrios, cansaço, dor de cabeça, dor muscular, náuseas e vômitos por cerca de três dias.
 
A forma mais grave da doença é rara (só uma pequena proporção de pacientes que contraem o vírus desenvolve sintomas graves) costuma aparecer após um breve período de bem-estar. A pessoa infectada pode apresentar insuficiência hepática e renal, icterícia (olhos e pele amarelados), manifestações hemorrágicas e cansaço, sintomas que podem resultar em morte num período de sete a 10 dias.
 
A maioria dos infectados se recupera bem e adquire imunização permanente contra o vírus, o que quer dizer que, depois de se recuperarem, não são mais suscetíveis à doença.
 
A Febre Amarela é de diagnóstico difícil e este é realizado através da observação das manifestações clínicas e em sua história epidemiológica. No laboratório detecção de anticorpos específicos.
 
O tratamento é sintomático e contra as complicações apresentadas.
 
A febre amarela é prevenida por uma vacina extremamente eficaz, segura e acessível, que produz imunidade em 99% das pessoas vacinadas. Segundos as diretrizes da OMS, uma dose única da vacina é suficiente para conferir imunidade sustentada e proteção ao longo da vida. No Brasil o Ministério da Saúde recomenda duas doses, mas estas especificações podem variar
 
Em áreas de alto risco onde há pouca cobertura vacinal, o reconhecimento imediato e o controle de possíveis surtos por meio de imunizações em massa são essenciais para prevenir uma epidemia.
 
Na transmissão urbana da febre amarela, a prevenção deve ser feita evitando a disseminação do Aedes aegypti por medidas já amplamente divulgadas.
 
No Brasil foram registrados no último boletim do MS, 574 casos até março de 2023, ocorreram 187 mortes em 91 municípios do país.
 
No Maranhão, novos casos de Febre Amarela não ocorrem há 25 anos, mesmo sendo incluído em zona endêmica da ocorrência da doença. Os últimos casos confirmados (101) foram entre 1973 e 1995 com ocorrência de 19 óbitos.
 
A prioridade do MS é intensificar a vacinação em áreas próximas a florestas.
 
O esquema vacinal da febre amarela é de duas doses, tanto para adultos quanto para às crianças. As crianças devem receber as vacinas aos nove meses e aos quatro anos de idade. Assim, a proteção está garantida para o resto da vida. Para quem não tomou as doses na infância, a orientação é de uma dose da vacina e outra de reforço, dez anos depois da primeira
 
Prevenção é fundamental e salva vidas!                     
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