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11/03/2023 às 00h00min - Atualizada em 11/03/2023 às 00h00min

636 KM DE SACRIFÍCIO

BANDEIRA NETO

BANDEIRA NETO

Nelson BANDEIRA NETO é cronista e funcionário do SESI-Serviço Social da Indústria, ex-vereador por Imperatriz (MA)

  
Essa é à distância que separa Imperatriz de São Luís, capital do Maranhão, por meio rodoviário.

Saindo pela BR-010 até Açailândia; seguindo pela BR- 222, até Miranda do Norte; dali para frente pela BR-135, até São Luís do Maranhão.

O tráfego de passageiros é de grande porte e que acontece mais no período da noite; onde inúmeras empresas de ônibus fazem esse percurso para os destinos devidamente escolhidos nos trechos mencionados de Imperatriz/São Luís.

E, diga-se de passagem, as empresas disponibilizam ônibus novos para garantir a segurança e o conforto dos passageiros. É fato!

Agora, as autoridades e representantes dos interesses comunitários, como o DNIT, que tem o desplante em dizer que a malha rodoviária do Estado do Maranhão está coberta por contratos de manutenção!

Ninguém duvida da existência desses instrumentos contratuais...só quê!... Manutenção está muito distante… é  uma vergonha o estado de abandono dessas estradas para circulação de viajantes via transporte coletivo.

É de se admirar a qualidade das rodovias do Pará, Tocantins, Goiás, Piauí e tantas outras. Agora, quando adentra no Maranhão, a urrada vem à toda prova. É de 12 a 15 horas de sacrifício, para chegar a esse itinerário especificado.

O passageiro sai da rodoviária para qualquer destinado não sabe que horas e quando vai chegar. Só para se ter uma ideia, de Santa Inês a Miranda do Norte, simplesmente [111,7 KM] para se fazer em 2hs, gasta-se 5hs para percorrer esse trecho, cheio de buracos com aclives e declives e outros empecilhos. Simplesmente lastimoso.

Providência...

Que o diga o padre Antônio Vieira, na sua indulgência religiosa: “No Maranhão até o sol e os céus mentem”...

E os “Querubins” como perpetuo mensageiros, sempre dá tonicidade para as perspectivas de futuro… Em época de eleição eleitoral, se eleito, tudo vai ser resolvido como prioridade de governo”.

É a mesma coisa de passar “sebo em venta de cavalo” ...

Vale dizer que nesses 331.983 KM2 de terra maranhense é um cenário de descaso e desleixo como os trajetos públicos.

“Quando você é consciente do seu valor não aceita menos que merece”.

Por fim, sempre foi inusitado historicamente pelo poder representativo, como atual legislatura - Assembleia de Deputados com 42 parlamentares - não tem um (01) contra o governo atual... por isso, não tem o que reclamar por falta de apoio.

Não é usual; que é fora do comum..., mas, agora, vai ser diferente? Não sei... mas, caçoada tem muita.

E que se dane o povo; políticos, depois de eleitos, não vão em feiras livres e extrapostos; não andam de ônibus; não levam uma topada; adoecem e não procuram as UPAS dos miseráveis - sem condição e, sem importância como deveria ser.

Pense numa discriminação humanitária e de abandono!!!

... Essa causa reside, muitas vezes, no cru preconceito às pessoas que os elegem de forma diferente para uma perspectiva futura de melhora...

Vamos ter confiança. Acreditar e ter esperança. Até pelas benções prometidas aos justos.

Mas causa obsolescências!

O estado tem dezoito deputados federais. Parece que não existem. Não se vê um só levantar a voz em contra desses desmandos, em denunciar, em cobrar, não.

O daqui da região parece um prosélito desorientado, procurando o endereço da casa do barulho, em Brasília, como recém-chegado no sacerdócio da hipocrisia.

Mas, com certeza será um postulante ao cargo de prefeito no próximo pleito de 2024... fora uma enxurrada de vereadores que estão lambendo os beiços.

Enquanto no processo eleitoral existir como mercadoria frágil, descartável e fácil de comprar o fetichismo, o voto – o cenário continuará do mesmo jeito.

Por que não o voto facultativo?

A tendência é que este voto retire das urnas justamente a coletividade com vulnerabilidade social.

O voto opcional é relevante a liberdade de escolha, direito de ir e vir, participar ou não do processo eleitoral...

Torna-se um dever cívico (assim dizendo) um direito subjetivo.

Para os políticos brasileiros isto é uma arma muito perigosa, ou seja, um certame do feitiço contra o feiticeiro.

Tem muita gente nomeada para cumprir as promessas de campanha e viver sob os auspícios do descanso político.

Felizmente, o tempo não é eterno... é temporal... para justificar às figuras vindas de outrora, com a síndrome da nostalgia e, a sensação de saudade do passado, foram escolhidos para algumas funções no atual governo.

Espera-se que não estejam cansados igual catraca de ônibus!

 
Que Deus ilumine vossas consciências!                         
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