14/01/2023 às 00h00min - Atualizada em 14/01/2023 às 00h00min
A INJEÇÃO QUE EMAGRECE
A obesidade no Brasil deverá atingir 30 % da população em 2030, um número de mais ou menos 66 milhões de brasileiros e brasileiras.
Em São Luís os dados existentes apontam que 18,8 % b da população masculina e 15,8 % da população feminina estão obesos.
Definimos a obesidade quando o indivíduo tem um índice de massa corporal acima de 30 kg/m2
Certo dia, em conversa lá no bar mais importante de Imperatriz, onde se decide Tito sobre a política local, estadual e nacional, falando sobre obesidade citei esse número e um grande expert local me perguntou “mas como e que se cuba uma pessoa?” Então vou explicar como se calcula o índice de massa corporal – IMC, que utilizamos para aferir a obesidade. É o peso dividido pelo quadrado da altura, sendo o ideal estar entre 18,5 e 25 kg/m2
Mas a manutenção desse parâmetro no nível ideal é motivo de angústia, de muitas pessoas, principalmente entre as mulheres.
Então se começa a dieta do sol, da lua, da pedra, jejum intermitente, uso de laxativos, uso de diuréticos, de anorexígenos e por ai vai.
Para determinado grupo é indicado à cirurgia para o emagrecimento.
Recentemente a ANVISA liberou no Brasil a utilização da primeira medicação injetável de aplicação semanal para o tratamento da obesidade, a semaglutide (Ozempic, Wegovy).
É recomendado o tratamento acompanhado por especialista semanal utilizando a caneta apropriada para seu uso.
Essa substância já era aprovada no país para o tratamento do diabetes tipo 2, mas em uma dosagem menor.
A substância é um hormônio chamado de agonista de GLP-1.
Ele sinaliza ao cérebro a sensação de saciedade.
É utilizada em forma de injeção subcutânea semanal.
A média de perda de peso é em torno de 17 % contra 2,5 % por outros métodos.
Mas não pensem que é tomar a injeção e vai ficar magrinho, outras medidas comportamentais associadas são necessárias, como dieta apropriada e atividade física.
Existem efeitos colaterais importantes associados por isso é recomendado o acompanhamento médico.
É uma medicação que promete uma nova era no enfrentamento da obesidade.
Esse medicamento é utilizado no tratamento do diabete tipo 2 em dosagem diferente e tem sido banalizado apesar do preço elevado para o padrão brasileiro em torno de mil reis a caneta com tratamento de forma indevida. Deverá passar por uma reformulação de preço e chegar mais caro do que a caneta para o diabete.
Existe a cante do liraglutide (saxenda) também aprovada para a obesidade, mas sua aplicação é diferente devendo ser utilizada diariamente.
São do mesmo laboratório (da Dinamarca) e não existe ainda estudos comparativos entre as duas substâncias.
Use atividade física, alimentação saudável, check up anual, evite excessos.
CONSULTE SEU MÉDICO.