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13/01/2023 às 00h00min - Atualizada em 13/01/2023 às 00h00min

Bastidores

CORIOLANO FILHO

CORIOLANO FILHO

CORIOLANO Miranda Rocha FILHO, passou a comandar a Redação depois de ter passado por praticamente todos os setores do jornal.

Ministério

Pela primeira vez na história do Brasil, há um Ministério dos Povos Indígenas, que ainda integrará a Fundação Nacional do Índio (Funai). Para comandar a pasta, o presidente Lula empossou nesta quarta-feira a indígena maranhenses Sônia Guajajara. A Funai passa a se chamar Fundação Nacional dos Povos Indígenas, presidida pela primeira deputada federal indígena, Joenia Wapichana. A ministra Sônia Guajajara foi eleita deputada federal pelo PSOL de São Paulo, nas últimas eleições. Ela é reconhecida internacionalmente como ativista na luta pela promoção e direitos dos povos originários. “Eu lhe parabenizo pela coragem e ousadia de reconhecer a força e o papel dos povos indígenas em um momento que é tão importante o reconhecimento do papel dos povos indígenas na defesa do meio ambiente com as mudanças climáticas, povos esses que resistem há mais de 500 anos a diários ataques e violentos, tão chocantes e aterrorizantes como vimos neste último em Brasília, porém sempre invisibilizados. Estamos aqui de pé para mostrar que não iremos nos render. O Brasil do futuro precisa dos povos indígenas”, disse Guajajara se dirigindo a Lula. Ela recriou o Conselho de Política Indigenista. 

Condena 

Maioria maciça da população brasileira condena os atos de terrorismo praticados no último domingo (8) por bolsonaristas radicais, que invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes. É o que revela pesquisa feita pelo Instituto Datafolha, divulgada pelo jornal Folha de S. Paulo nesta quarta-feira. São 93% dos brasileiros que condenam os ataques. Datafolha também mostra que 55% dos brasileiros consideram que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) teve responsabilidade nos ataques promovidos por seus apoiadores na capital federal. 

Acusados 

Dos 1.398 presos acusados de ataques ao Palácio do Planalto, Supremo Tribunal Federal e Congresso Nacional, 904 são homens e 494 mulheres. Eles estão recolhidos, respectivamente, na Papuda e Colmeia. Por conta do grande número, segundo o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o ministro Alexandre de Moraes autorizou a realização de audiências de custódias em sistema de rodízio. Expectativa é que o processo seja concluído até domingo (15). 

Reação

Os bolsonaristas também estão querendo encontrar culpados pelos atos terroristas de Brasília. Claro, que apontando gente do outro lado. O deputado federal eleito Nikolas Ferreira (PL), por exemplo, protocolou no Supremo Tribunal Federal (STF) notícia-crime contra o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino. Alega suposta “omissão intencional”. O deputado quer, inclusive, a prisão de Dino. “Protocolei uma notícia crime ao ministro Alexandre de Moraes sugerindo que seja analisado a responsabilização do ministro da justiça, Flávio Dino, por omissão intencional nos atos de 08/01. Inclusive, se for o caso, decretando sua prisão preventiva”, informou Nikolas, eleito deputado federal por Minas Gerais. 

CPI

Depois que voltar do recesso parlamentar, em fevereiro, o Congresso Nacional instalará a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar os atos antidemocráticos contra os Três Poderes, ocorridos domingo (8). A informação é do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco. As ações, facilitadas por falhas e omissões, culminaram na invasão e depredação do Congresso Nacional, Palácio do Planalto e Supremo Tribunal Federal. 

Olha aí!

Durante buscas na casa do ex-ministro da Justiça de Bolsonaro, Anderson Torres, a Polícia Federal encontrou uma minuta de decreto para instaurar estado de defesa no TSE, objetivando mudar resultado da eleição 2022. Ontem, em nota nas redes sociais, Torres disse que “havia em minha casa uma pilha de documentos para descarte, onde muito provavelmente o material descrito na reportagem foi encontrado. Tudo seria levado para ser triturado oportunamente no MJSP. O citado documento foi apanhado quando eu não estava lá e vazado fora de contexto, ajudando a alimentar narrativas falaciosas contra mim.” 
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