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10/01/2023 às 00h00min - Atualizada em 10/01/2023 às 00h00min

Bastidores

CORIOLANO FILHO

CORIOLANO FILHO

CORIOLANO FILHO, passou a comandar a Redação depois de ter passado por, praticamente, todos os setores do jornal. - [email protected]

Ataque à democracia

A ação violenta de domingo praticada por bolsonaristas radicais, invadindo e fazendo quebra-quebra no Palácio do Planalto, STF e Congresso Nacional, repercute no mundo todo. O vandalismo está sendo duramente condenado, especialmente, claro, no Brasil. Não só pelas autoridades, como por todos aqueles que também tem bom senso. Um verdadeiro ato terrorista contra os três Poderes, num forte atentado à democracia, ao Estado de Direito. Foi um ataque sem precedentes na história do Brasil. O patrimônio público foi destruído. As autoridades policiais e judiciárias prometem punição rigorosa contra os culpados, muitos já estando na cadeia e outros sendo identificados. Em entrevista coletiva nesta segunda-feira, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB), disse que “golpistas” e “terroristas” não obtiveram êxito em romper a lei e a legalidade, destacando o país viveu um episódio comparável ao ataque ao Capitólio, nos Estados Unidos, em janeiro de 2021. “O que a gente viu ontem (domingo) foi uma coisa que há muito tempo não acontecia no Brasil. Acho que nem na época da ditadura invadiram prédios públicos dos poderes, Congresso Nacional, o Supremo, o próprio Palácio do Planalto, destruindo patrimônio público, cadeiras, brasão, auditórios, fotografias de ex-presidentes, o patrimônio público. E o que se ganha com isso? O vandalismo que não pode reinar no nosso Brasil”, afirmou o ministro. Ele assegurou que o “nosso país caminha para a absoluta normalização institucional com muita velocidade”.

Reação

Em nota, o Ministério Público do Maranhão afirmou que “neste momento em que a democracia brasileira sofreu o seu mais vil, abjeto e nefasto atentado após a redemocratização, vem externar à sociedade maranhense e ao Brasil sua convicção inabalável nas instituições do país e nos valores democráticos arduamente conquistados ao mesmo tempo que informa sua vigilância e defesa da preservação da democracia brasileira, conforme determinação constitucional, bem como pela identificação e punição exemplar dos responsáveis pelos criminosos atos perpetrados no Distrito Federal”. 

Reação II

O presidente da Câmara de São Luís, Paulo Victor (PSB), afirmou que “o ex-candidato ao Governo do Maranhão, Lahesio Bonfim, segue no delírio antidemocrático instigado por Bolsonaro, apoiando os atos que aconteceram em Brasília. A punição para quem instiga estes crimes deve ser a mesma para quem pratica. Inadmissível que a nossa democracia seja atacada desta forma”.

Perícia

A Polícia Federal realizou nesta segunda-feira perícia técnica no prédio do Supremo Tribunal Federal (STF). Primeiro, perícia externa, 3D e com drones, e depois trabalho interno. Os anexos 1 (inclusive o restaurante) e 2 não foram alvos do vandalismo e funcionam normalmente ontem. Depois da perícia, o STF vai iniciar o trabalho de catalogar os estragos e quantificar os prejuízos. Também não há previsão para a conclusão deste trabalho. 

Ele disse

“Um dos maiores crimes da história da República não pode ficar impune. Não há a mínima brecha para condescendência. A consciência nacional clama o MÁXIMO RIGOR DA LEI!”. (Ciro Gomes (PDT), ex-candidato a presidente).

Pacíficos

Para o ex-juiz e senador eleito Sérgio Moro, “os protestos têm que ser pacíficos. Invasões de prédios públicos e depredação não são respostas. A oposição precisa ser feita de maneira democrática, respeitando a lei e as instituições. Os invasores precisam se retirar dos prédios públicos antes que a situação se agrave”. 

Diálogo

O empresário Luciano Hang disse que “a democracia não combina com atos de vandalismo e sim com diálogo, jamais com violência. Precisamos respeitar as leis e instituições. Manifestações são legítimas quando ocorrem de maneira pacífica. Lamentável ver patrimônios públicos serem depredados desta maneira”.
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