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31/12/2022 às 00h00min - Atualizada em 31/12/2022 às 00h00min

MEDALHAS E MARCO ZERO

BANDEIRA NETO

BANDEIRA NETO

Nelson BANDEIRA NETO é cronista e funcionário do SESI-Serviço Social da Indústria, ex-vereador por Imperatriz (MA)

 
Se não foge à memória, o governo municipal de Ildon Marques foi quem criou a medalha honorífica com o nome honroso de Frei Manoel Procópio, a qual tive a satisfação em receber.

E, por proposição do vereador Adhemar Júnior, que fosse erigida a estátua do fundador da povoação de Santa Tereza do Tocantins, em 16 de julho de 1856, mais tarde sacramentada como Imperatriz.

Situação, derivada, também, pela Academia Imperatrizense de Letras, por enunciado e norteado pelo acadêmico José Herênio, se a reminiscência não me falha.

Tudo isso há cinco anos.
Seria o ponto como Marco Zero da fundação da cidade de Imperatriz, ali na praça da antiga meteorologia, frente, atualmente, com o hospital Unimed.

Mas tudo do que se trata de preservação histórica e cultural da cidade é contagiada pela doença do esquecimento por parte dos agentes públicos, no curso de suas atividades.

Imperatriz é uma cidade de emergente heterogeneidade, descompassada quando se trata de compromisso, da cultura em si, estendido ao conhecimento, as crenças, a arte, os costumes e todos outros hábitos.

Não obstante ao tratamento das diferenças, direciona-se à cidade considerada como metrópoles, pela qual, nódoa sua própria imagem... pela desarmonia e dissonância.

Como resultado da ação criadora deste município metropolitano.
Vive sempre no disfarce, para esconder a verdadeira razão de ser; sem a reciprocidade de vê-la referendada e motivada para a semeadura de um conjunto de predicados que são necessárias para fortificá-la pelo tamanho de sua grandeza.

Seria cômico se não fosse ridículo...

Pasmem todos!!!
Numa excêntrica legislatura da Câmara Municipal de Imperatriz, no seu cotidiano de reconhecer os laços interpessoais e agraciá-los por isso, escolheram uma meia dúzia de personagens para receber o honroso “Título de Cidadão Imperatrizense”.

Sabe o que aconteceu... coisa de bastidores!

Tudo pronto e determinado para a sessão magna de entrega dos preitos, detectaram que um convidado nasceu em Imperatriz. E agora?! Não tinha como cancelar, foram para o plano “B”...

Remexeram as gavetas dos arquivos mortos da câmara e do passado; deram de conta com a já expedida medalha do velho e arcaico político maranhense de raiz profunda igual (pau d’arco), Barão de Coroatá, do século XVIII (1788), em substituição ao título de cidadania escolhido erroneamente.

E olhe! Se um trabalho feito com maestria pelo legislativo com a expedição de títulos, moção, medalhas etc... encontra-se essa casa representativa dadivada e rebuscada com o resumo da ópera.

Como a estátua se contrapõe ao protagonista. Claro que viria com cabeça tronco e membros, só que em bronze do Frei Manoel Procópio do Coração de Maria.

Certo que, no acervo papelório da administração pública e figurativo, tudo acertado e aprovado.

Só que esqueceram de levar o protótipo do presbítero para o escultor produzir a moldagem da corporatura do exaltado no (fig)...

Sabe por quê?
Os agentes representantes sofrem da “doença do esquecimento e da pura omissão”, como sempre, a história da cidade, pelo visto, não vos interessa.

É dolorido e angustiante bater sempre nessa tecla...
Mas, aqui não se tem permanência de uma doutrina... ou seja, tradição de costumes...

Há mais recente foi uma reunião que participamos ao lado de um templo sagrado à Catedral de Fátima; para anunciar a proposta urgente de se construir o Museu Municipal... até presépio foi doado.

Cadê! Ah, será porque era época eleitoreira!

Aí origina-se à falsa ideia dos agentes representados com esta cidade, tão surrupiada de promessas e idolatrias, justapondo com esse excesso de amor platônico e admiração com a nossa desapegada cidade.

Finalizo este artigo dizendo:
“Promessas são apenas palavras vazias para satisfazer uma expectativa ou um prazer ansioso”.

                     Senhor, livrai-nos da maldade e das malfadadas intenções.

                                                                Amém!

 
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