O Doutor NAILTON Jorge Ferreira LYRA é médico e Conselheiro do CRM/MA e Conselheiro do CFM representando o Estado do Maranhão
A partir deste domingo (9), as embalagens de alimentos industrializados ganharam uma nova rotulagem, com alertas sobre produtos com altos índices de açúcar adicionado, gordura saturada e sódio. Esses nutrientes estão associados ao aumento de casos de obesidade e de doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), como as cardiovasculares, o diabetes e a diversos tipos de câncer e outras consequências. .
Dados da PNS (Pesquisa Nacional de Saúde) de 2019 indicam que 52% da população do país com 18 anos ou mais tinha diagnóstico de pelo menos uma DCNT. No mesmo ano, a prevalência de sobrepeso e obesidade entre os brasileiros era de 53,8%. A ideia é que, com informações mais claras e compreensíveis, as pessoas possam fazer escolhas mais saudáveis.
As alterações vão acontecer de três formas: na parte frontal do rótulo haverá um ícone de uma lupa quando a quantidade de açúcar adicionado, gordura saturada e sódio presente em 100 g ou 100 ml for superior à estabelecida pela ANVISA.
A tabela de informação nutricional passará a ter apenas letras pretas e fundo branco para contrastar das demais cores da embalagem.
Também se tornam obrigatórias a identificação de açúcares totais e adicionados e a declaração do valor energético e nutricional por 100 g ou 100 ml do produto, para ajudar na comparação de produtos e evitar que o consumidor não seja induzido a erro ou confusão. Haverá mudança ainda nas chamadas alegações nutricionais, que são selos que apontam características positivas do alimento, por exemplo, “rico em ferro”, “light”, “livre de gordura trans”. Se o alimento tiver lupas de alertas, a alegação nutricional não poderá ocupar a parte frontal superior.
Essas informações foram transcritas da ANVISA. (Folha de SP).