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10/08/2022 às 00h00min - Atualizada em 10/08/2022 às 00h00min

Bastidores

CORIOLANO FILHO

CORIOLANO FILHO

CORIOLANO FILHO, passou a comandar a Redação depois de ter passado por, praticamente, todos os setores do jornal. - [email protected]

Redução

Implantada gradualmente a partir das Eleições Municipais de 1996, a urna eletrônica chegava a todas as seções eleitorais do país quatro anos depois, nas eleições municipais de 2000. Além de encerrar de vez a era da votação em cédula de papel, o equipamento foi responsável, ao longo desses 26 anos de implantação, por um fenômeno que repercutiu profundamente no exercício do voto das eleitoras e eleitores analfabetos ou com baixa escolaridade. Artigo recente publicado pelo professor Marcus André Melo mostrou que a urna eletrônica reduziu em 82% o número de votos inválidos nos pleitos, o que era comum acontecer na época em que as pessoas votavam por meio de cédula de papel. Muitas vezes o erro ou a rasura impediam a contagem de um voto como válido. O autor é professor da Universidade Federal de Pernambuco e ex-professor visitante do MIT e da Universidade Yale (EUA). Na publicação, Marcus André Melo mostra que, em 2000 – justamente o ano em que eleitoras e eleitores passaram a votar integralmente na urna eletrônica –, os votos inválidos recuaram de 41% para 7,6%, o que representa a diminuição dos 82%. Essa redução ocorreu por ser mais fácil digitar a numeração de candidata ou candidato preferido no teclado da urna eletrônica do que marcá-la em papel, antes de depositar o voto em uma antiga urna de lona. É por essa razão que o professor sustenta que o ataque às urnas eletrônicas representa um ataque ao voto dos mais pobres: eram os analfabetos ou o eleitorado com baixa alfabetização que mais erravam na hora de preencher os formulários de votação.
 

Campeão

O autor do artigo ressalta que, entre 1980 e 2000, o Brasil ostentava o título do campeão de votos inválidos na América Latina e que o surgimento da urna eletrônica teve um “impacto avassalador”, para melhor, no voto do analfabeto. Marcus André Melo afirma, ainda, que a Emenda Constitucional nº 25/1985, que garantiu o voto dos analfabetos, teria sido simbólica, uma vez que foi a urna eletrônica o equipamento que emancipou ‘de fato’  o  eleitorado pobre e analfabeto para o exercício regular do voto. Ao tornar o ato de votar mais simples, sem a necessidade da escrita, mas somente de digitação, a urna eletrônica ampliou, portanto, a cidadania e acabou contribuindo para o aumento significativo do número de votos válidos, o que favoreceu uma democracia mais inclusiva e participativa.
 

Imperatriz na disputa

Imperatriz tem dois candidatos a governador. Isso mesmo. O PCB homologou o nome de Frankle da Costa Lima, de 43 anos e nascido em Imperatriz. Tem ensino médio completo e é servidor público municipal. Frankle foi candidato a vice-prefeito em 2020, na chapa encabeçada por Sandro Ricardo, também do PCB. Frankle tem como vice Zé JK (PCB). Já o Democracia Cristã (DC) homologou o nome de Joás Moraes. É natural do Piauí, mas mora em Imperatriz há 30 anos. É professor auxiliar da UEMASUL e, também, atua como Assessor Técnico para captação de recursos e gestão pública municipal. O vice é Ricardo Medeiros (DC). 
 

Tempo 

Passadas as convenções que definiram nomes e coligações para as eleições de 2 de outubro, na disputa pela Presidência da República o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ficou com o maior tempo no horário eleitoral gratuito no rádio e na TV. Ele tem o apoio de nove partidos, garantindo 3 minutos e 23 segundos em cada bloco de propaganda, que começa em 26 de agosto. Depois vem Jair Bolsonaro (PL), com 2 minutos e 45 segundos. Ele tem o apoio do PP. Na sequência há Simone Tebet (MDB) com 2 minutos e 25 segundos; Soraya Thronicke (União), com 2 minutos e 14 segundos; Ciro Gomes (PDT), com 53 segundos; Roberto Jefferson (PTB), com 26 segundos, e Felipe D´ávila (Novo), com 23 segundos. 
 

Olha aí!

O partido União Brasil tem apenas nove candidatos a deputado estadual no Maranhão. São o já deputado Neto Evangelista; Hilário Neto, ex-candidato a vice-prefeito em Lago da Pedra; Chiquinho Bringel, vereador de Carolina; Dário Sampaio, candidato derrotado a prefeito de Senador La Rocque; Professor Ludendorf, candidato derrotado a vereador de Codó; Kessia Nicolle, candidata derrotada a vereadora de São Luís; Cláudia Melo Lima, Liziane de Oliveira Castro Almeida e Marcelo Soares Santos. Como o quociente eleitoral para deputado estadual pode ficar entre 90 mil e 100 mil, o União Brasil depende de uma votação grande de Neto Evangelista para eleger pelo menos um deputado. Na eleição passada, ele obteve 49.480 votos.  
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