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02/07/2022 às 00h00min - Atualizada em 02/07/2022 às 00h00min

HÁBITOS E COSTUMES ANTIGOS...

BANDEIRA NETO

BANDEIRA NETO

Nelson BANDEIRA NETO é cronista e funcionário do SESI-Serviço Social da Indústria, ex-vereador por Imperatriz (MA)

 
... Que deveriam ser praticados novamente?

Sim!

- cozinhar e preparar refeições...

- costurar e fazer crochê...

- procurar endereços em mapa de papel...

- jantar em casa...

- se relacionar sem o poder da internet...

- escrever cartas inesquecíveis...

Tudo isso, não é nada de “cafonice,” simplesmente, são atitudes que revela falta de bom gosto, embora, estejamos num mundo totalmente cibernético.

Como exemplo típico:

Jantar em casa: significa convidar amigos que conheciam há um tempo. Quando acontece. Convida-o para uma pizzaria e/ou restaurante.

Então, vamos dar uma volta e lembrar as miragens do passado; que ainda, se conserva na memória. Sobre nossa amada Imperatriz.

Quando me entendi como adolescente o meio de transporte era feito pelo Rio Tocantins – fluxo comercial de Carolina à Belém-PA… via barcos motorizados.

Naquela época tinha-se o hábito de esperar quando as embarcações vinham de Belém, Marabá, Imperatriz a Carolina e vice-versa. Trazendo mantimentos para essas regiões.

Este torrão só produzia para o consumo: arroz, feijão, fava, milho, macaxeira, abóbora, jerimum, quiabo, maxixe e outros tipos de congêneres. Todo plantio feito efetivamente rudimentar.

O conceito de honestidade era um dos princípios básicos que se distinguia aos seus habitantes; horando compromissos quanto a venda e compra de produtos em espécies.

Não tinha bancos, notas promissoras cheques especiais e/ou outros artifícios que os substituíssem… era o olho no olho e, o fio do bigode arrancado e exposto aos negócios comprometidos.

O Rio Tocantins, era tão piscoso, que dava ao luxo de seus habitantes pescar/comprar e escolher o “peixe” que queria comer.

Peixes de couros, como: filhote, pirarara, pintados, quando fisgados em espinheis, eram soltos, porque era carregado de “reima” e fazia mal à saúde... tabu da antiguidade... produto gourmet para Food distante.

Uma coisa que não se falava era em “poluição,” pois, a própria água do rio era adequada para beber e demais ações higiênicas... até porque não se tinha água tratada naqueles idos.

A carne de boi ou vaca, era consumida, talvez, uma vez por mês; a raça desse animal era chamado de “tucura” adaptado à alimentação dos arvoredos nativos da região; comia de tudo que encontrava pela frente.

Por tudo isso, era uma população sadia, porque tinha uma alimentação “in natura” nada era processado.

O transporte que rodava na cidade era um ônibus com a logomarca de “SÃO FRANCISCO” que fazia esses pequenos percursos levando usuários e estudantes do Ginásio Bernardo Sayão, Amaral Raposo, Governador Archer, Santa Teresinha...

Grupo gerador de energia só tinha um para gerar iluminação da prefeitura e sua área circunvizinhanças das 18hs às 22hs... os demais, era na [lamparina, candeeiros, lampiões e petromax].

Farmácia somente uma: [farmácia nogueira]; seu titular era farmacêutico, médico/caseiro, enfermeiro receitador de remédios e purgantes.  

Templos religiosos somente a Igreja Matriz [católica] e Assembleia de Deus [central] protestante.

Educação familiar o alicerce era as Igrejas… um olhar e torcer o bigode do pai à cria já sabia do que se tratava.

Agora...

Depois de 1960, com o advento da Belém-Brasília, aí o êxodo foi incontrolável. Como, também, a miscigenação não ficou para trás.

Daí pra frente… a cidade se fortaleceu como uma terra “prometida” determinada de uma fé poderosa.

De tudo aconteceu: invasão de terra e propriedade; ocupada de qualquer jeito; coadunada com administradores/políticos sem compromisso com o município.

Uma contraprova é o santuário [Rio Tocantins], todo contaminado, poluído, maltratado, esculachado, depauperado; na eminência do assoreamento acaba com sua beleza e o portal de grandeza.

Cuja debilidade [ausência de vontade) da população e da classe política, que pouco se importam com sujeita desgraça do futuro. E debilmente, falam: “Isso é a força do progresso”.  

A cidade não fez e nem faz o exercício de seu Plano Diretor e Código de Postura. Quando há planejamento não perde tempo, investe tempo para ter retorno no futuro... seria!

Para não ficar muito prolixo à narrativa: a composição de pessoas com características diferentes, de raça e gênero. É porque a heterogeneidade chegou junto e se massificou… hipoteticamente chamada de... “Terra De Ninguém”.

Isso por falta de: ... [Liderança política] que mostre o caminho e conheça o caminho da via-sacra pública representativa.

[Mao Tsé-Tung]... “Só progride quem é modesto. O orgulho obriga a dar passos para trás.”

Até breve!
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