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05/03/2022 às 00h00min - Atualizada em 05/03/2022 às 00h00min

OLHANDO A CIDADE PELO RIO TOCANTINS

BANDEIRA NETO

BANDEIRA NETO

Nelson BANDEIRA NETO é cronista e funcionário do SESI-Serviço Social da Indústria, ex-vereador por Imperatriz (MA)

 
Do latim: praeambulus... ‘o que caminha na frente’, assim, descrevemos esse conjunto de circunstâncias em que se produz fatos.

Imperatriz bem cognominada no curso de sua cronografia de passado e de presente...

De Princesa do Tocantins, Portal da Amazônia, Capital Brasileira de Energia, Sibéria Maranhense e Metrópole da Integração Nacional.

Muito bem batizada se não fosse os percalços de suas ações  provindas do tempo e do espaço.

Desde sua fundação e crescimento tudo começou como vistos à distância - Olhando a Cidade pelo Rio Tocantins.

Falando-se de um fato que parte está na origem com suas consequências atuais, desde ao ponto de partida e fora   ordem cronológica.

Definindo-se aleatoriamente que a cidade abrolhou despida de qualquer planejamento básico.

Exemplificando: que garantisse o acesso seguro, justo e digno da população, como: mobilidade, infraestrutura, saúde, educação, qualidade sanitária e ambiental, entre outras.

Especificando os aspectos de pontos positivos e negativos com sequelas vividas e aprendendo, ainda, com elas.  

1950 até 1980, subsistia com a era do arroz; tendo como corredor agrícola, sua larga produção no zoneamento titularizado como estrada do arroz, na época, povoado de CIDA, depois Cidelândia, em 1994.

1970, a febre da exploração da madeira, com isso, o município ganha força na economia; o crime ambiental era desenfreado ao ponto de deixar rastros irreparáveis de destruição.

1981, o horror do garimpo de Serra Pelada; doenças,  mortes e descaso.

Destruição cravada para sempre pela ganância do ouro... rápido e destruidor.

Socialmente e familiarmente, foi uma tragédia; o que sobrou foi tão somente para o laço afetivo uma coroa de espinhos (tormento, algo que provocou muito sofrimento)...

Como prêmio para aqueles que foram explorar areia, argila, cascalho etc., em busca da sorte e ansiedade de ser rico, livre e feliz.

1991, afastando-se de um ponto imóvel, com o aumento do comércio atacadista e serviços... modificando-se para o fomento de uma outra realidade na troca voluntária de produtos.

2000, Com a chegada da indústria, com a finalidade de transformar matérias primas em vários tipos de congêneres.

1980, daqui pra frente, outra conjectura; o setor da construção civil deslanchou de maneira vertiginosa, caracterizando e erguendo-se com o processo de verticalização como paradigma para uma grande metrópole de inevitável crescimento.

O que faltou e está faltando, por parte das autoridades gestoras, ou seja, o planejamento urbano para cidade e que vise melhoria e qualidade de vida para a população... O Plano Diretor...

De 1989 a 1993, época (manda quem pode e obedece quem tem juízo) à decisão só dependia da vontade do artífice pelo qual projetou que há de suceder politicamente invadindo muitas terras “proprietárias” para que seus adeptos como sua sombra eleitoreira construísse seus barracos..., mas sempre olhando de modo mútuo... correspondente de parte a parte.

Qual o grau mais elevado de tudo isso?

Veio criar-se mais de 160 bairros periféricos sem qualquer infraestrutura responsável por planejar, projetar e executar, no âmbito público e urbano.

Quanto a essas invasões, houve um crescimento desordenado da população, sem a mínima estrutura, criando, assim, áreas de riscos.

Resultando de que o município, despreparado como sempre, sem poder atender as necessidades básicas dos migrantes e acumulando uma série de problemas sociais e ambientais.

Finalmente....

Com toda a franqueza; francamente: essa é a verdade nua e crua de uma cidade “inchada” e sem tratamento preventivo.

Prepare-se para viver uma boa Quaresma.
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