Filiação e federação
Muitas especulações vêm antecedendo o período oficial das eleições de 2022. Desde o final do ano passado, por exemplo, que está sendo cogitada a possibilidade do vice-governador Carlos Brandão trocar o PSDB pelo PSB para disputar a sucessão do governador Flávio Dino (PSB). Ele voltou ao ninho tucano em março do ano passado, deixando do PR. A filiação de Brandão ao PSB seria uma estratégia para garantir apoio do Partido dos Trabalhadores (PT), já que ele no PSDB isso se tornaria inviável, em função da briga nacional entre as duas siglas. Já com o PSB, o partido petista tem uma antiga aproximação. Além da troca partidária de Brandão, especula-se sobre a possibilidade de um grande número de deputados estaduais também se filiar ao PSB. E seria formada uma federação (não existe mais coligação) reunindo PSB-PT-PCdoB-PV para eleger um número expressivo de deputados. Nessa federação estaria o melhor time (eleitoralmente) de candidatos, até porque grande parte já tem mandato e com grandes chances de reeleição. É aguardar…
E…
Para onde iria o PSDB, partido atual de Carlos Brandão? Certamente a sigla tucana continuaria no arco de aliança em torno do pré-candidato a governador, mas iria para a eleição proporcional sozinho, sem participar de federação. Em Imperatriz, no momento o PSDB tem apenas um nome para a Assembleia Legislativa, Raymara Lima, e não tem pré-candidato a deputado federal. O ex-prefeito Sebastião Madeira já adiantou que não será candidato e vai apoiar o secretário de Estado da Infraestrutura, Clayton Noleto (PCdoB).
O que é
Em setembro do ano passado, o Congresso Nacional manteve o fim das coligações e aprovou a formação de federação partidária. A federação permite aos partidos se unirem para atuar como uma só legenda nas eleições e na legislatura, devendo permanecer assim por um mínimo de quatro anos. A federação também contorna efeitos da cláusula de desempenho, que limita acesso ao Fundo Partidário e ao tempo de televisão aos partidos que não atingirem um mínimo de votos nas eleições. Em dezembro o TSE regulamentou o instituto das federações partidárias. O relator da instrução e presidente do TSE, ministro Luís Roberto Barroso, destacou que, durante o processo de elaboração, a minuta da resolução foi encaminhada a todos os partidos políticos para que pudessem apresentar sugestões. “A preocupação deste Tribunal foi de não permitir que as federações partidárias reincidissem nos vícios das coligações proporcionais, que, em boa hora, foram suprimidas pelo Congresso Nacional”, afirmou.
Prego batido
O prefeito de São Luís, Eduardo Braide (Podemos), já bateu o martelo: está cancelada a programação de carnaval na capital. Houve alta de casos de Covid-19 e Braide preferiu não realizar a festa momesca. “A vida em primeiro lugar! Por conta do aumento de casos de Covid (10% dos testes positivos), decidi pelo cancelamento do Carnaval de São Luís este ano”, revelou o prefeito. Em Imperatriz também não ocorrerá, conforme anunciou ontem o prefeito Assis. Aliás, na grande maioria dos municípios não haverá carnaval. O próprio secretário de Estado da Saúde, Carlos Lula, já se manifestou contrário à realização da festa em todo o Maranhão.
Números da pandemia
Boletim da Secretaria de Estado da Saúde (SES-MA), divulgado no final da tarde de ontem, registra 27 novos casos de Covid-19 em Imperatriz. Desde o início da pandemia já foram 21.200 casos. A SES não informa o número de mortes até agora, em Imperatriz. Dos 30 leitos de UTI, 16 estão ocupados (53,33%) e 14 livres. Dos 36 leitos clínicos, 28 estão ocupados (77,78%) e 8 livres. Já ocorreram 10.386 mortes no estado. Novos óbitos foram registrados nas seguintes cidades: Estreito (1) e Ribamar Fiquene (1).
