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01/09/2021 às 00h00min - Atualizada em 01/09/2021 às 00h00min

Fora da Pauta

WILLIAN MARINHO

WILLIAN MARINHO

WILLIAN MARINHO é colunista de política em O Progresso

Queda

As mortes em UTI de pacientes com Covid-19 no país registraram forte queda este mês frente ao pico registrado em março. Apesar da boa notícia, profissionais de saúde estão preocupados com o aumento de idosos nos leitos. A proporção destes entre os internados subiu de 27,1% em junho para 43% em agosto, segundo a Fiocruz.

Recorde

Segundo levantamento da instituição, feito a pedido do GLOBO, a morte de internados em UTI para Covid registrou uma queda de 89,8% na primeira semana de agosto frente ao registrado na semana de 21 de março, quando o Brasil bateu o recorde de notificações de óbitos pela doença nos leitos intensivos: 11.115 mortes.

Idosos

— Há uma redução evidente na sobrecarga, mas alertamos para os patamares ainda altos de ocupação e uma aparente tendência de reganho de casos, com possível reversão da queda até agora observada nas próximas semanas, como temos observado no Rio de Janeiro, epicentro da circulação da Delta no país — afirma Raphael Guimarães, pesquisador de Saúde Pública da Fiocruz.

Terceira

Os dados do levantamento da Fiocruz, compilados pelo pesquisador a partir do SIVEP-GRIPE, indicam que as mortes pela doença nas UTIs têm se concentrado desde meados de julho nos idosos de 70 a 79 anos. Os óbitos também voltaram a se concentrar em idosos (69,2%), segundo o último Boletim da Fiocruz. O crescimento nas mortes reafirma a importância da terceira dose das vacinas para proteger essa faixa etária.

Perda

A consultoria Volt Robotics estimou que o Brasil possui hoje 30 hidrelétricas já sofrendo perda de potência por causa dos baixos níveis dos reservatórios, causando impacto na geração de energia, na soma de 7 GW (gigawatts), que é o equivalente à metade da capacidade de Itaipu, a segunda maior hidrelétrica do mundo.

Acentuar

De acordo com o jornal Folha de São Paulo, a Volt apontou que a perda de potência ocorre em usinas que hoje operam com menos de 25% de sua capacidade de armazenamento de água. Essas usinas somam uma potência instalada de 23,5 GW, que é o equivalente a um quinto da capacidade hidrelétrica brasileira, e as perdas tendem a se acentuar na medida em que os rios continuem baixando.

Gerar

Ainda segundo a publicação, no limite as hidrelétricas brasileiras podem até deixar de gerar energia, ou gerar com um número reduzido de turbinas. O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) estima que algumas das usinas podem chegar ao mês de novembro com menos de 10% de sua capacidade de armazenamento de energia, caso o país não consiga novas fontes de geração e não tenha sucesso no incentivo à economia de luz.

Perder

Uma das principais preocupações do setor elétrico brasileiro é a possibilidade de perda de potência, pois o país depende de toda a geração disponível para atender à demanda nos horários de maior consumo no fim do ano. Caso o balanço seja negativo, é grande a chance de apagões localizados.
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