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14/08/2021 às 00h00min - Atualizada em 14/08/2021 às 19h48min

Coluna do Illya

ILLYA NATHASJE

ILLYA NATHASJE

ILLYA Ulianov Buby NATHASJE é publicitário e Diretor Comercial de O PROGRESSO.

Acorda, Imperatriz!

Imperatriz é reconhecidamente uma terra de oportunidades, tanto que o tempo se encarrega de apagar as inúmeras oportunidades perdidas. A boca miiúda, no passado: fábrica da Tramontina, da cervejaria Brahma, a Viação Itapemirim pretendia a partir da nossa excelente localização geográfica, fazer por aqui um modal de transporte de cargas, um hurb, em economês atual. Teve até um ex-prefeito que ia trazer uma grande fábrica de fogões. Não trouxe, mas o gás hoje chega a 95 reais. Não é culpa do prometedor, claro. De tudo isso, temos a Suzano Papel e Celulose.

Mas é isso! De tão enfronhado em nosso presente nosso passado nem é tão distante assim, apesar da falta de conhecimento de alguns, autoridades, inclusive. Desses chamados ciclos, do arroz, da madeira e do ouro, mais épico foi a efervescente Serra Pelada, louvada e cantada em prosa e verso. Seu ouro serviu a uma meia dúzia de afortunados e gerou milhares de infortúnios. Ali, tudo foi farto, das fazendas na beira do Pindaré às florestas do Canadá, via Brasília, em tempos mais recentes, o tatuzão, distribuiu riquezas. Não é folclore, embora esse exista e sobreviva nas rodas de dominó e mesas de baralhos comuns em nossas ruas, onde o imaginário relembra nas mentes de personagens saudosistas, exaltação de um tempo onde os novos e temporariamente ricos se exibiam. Por exemplo: uma D-20 (o carro da época) batida na rua ou em um poste e imediatamente  abandonada, enquanto o acidentado ‘montado nas burras’ ia à finada CCI em busca de uma nova. Foi um filme que passou. Não há reprise. 

Imperatriz em outros tempos era designada como a Sibéria Maranhense. Para essas plagas eram designados funcionários vítimas de perseguição ou da antipatia de seus superiores em São Luís. Era lugar de isolamento e trabalhar aqui, uma punição. Tempos mudam.

Assim, acabou-se o tempo em que Chico Anísio nos prestou o desserviço de nos tornar famosa por conta de um prefixo telefônico e que um empresário com seu protesto indecente quis estimular a condenação de um jornal (a Folha) e um repórter, Gilberto Dimenstein a partir de uma reportagem baseada em uma farra real patrocinada por um ex-prefeito (in memoriam) em um prostíbulo da cidade.

Está nas escrituras que Deus disse que via o mundo com os olhos de Israel. Nossas bandeiras desde sempre foram de trabalho (e o empresário lembrado anteriormente, justiça seja feita, tem sua contribuição como dirigente classista), de geração de emprego e renda. Mesmo em tempos de altos e baixos, Imperatriz nunca fugiu e não fugirá jamais de seu destino, de ser grande. Conhecer Imperatriz é um desejo latente Brasil afora e vir a Imperatriz é uma viagem que pode resultar em um encontro de grandes realizações, e foi preciso uma viagem, como uma lei do retorno, ao outro lado do mundo que é  como nos referimos a tudo que é o Oriente, que fosse dado a Imperatriz a oportunidade em descobrir seu verdadeiro ouro: Rayssa, A Fadinha do Skate é a senha. 

Imperatriz nunca foi tão positivamente citada quanto agora. Não é uma doce vingança, mas sim, um doce maná, que o mundo hoje, veja o Maranhão com os olhos de Imperatriz. O ouro de Imperatriz nunca esteve em Serra Pelada. Passada as Olimpíadas, nesses tempos pós Tóquio 2020 o ouro de Imperatriz está no skate, desde 4 de janeiro de 2008 quando nasceu Rayssa Leal.

Rayssa tem 6 milhões de seguidores em suas redes sociais. Equivale à quase totalidade da população maranhense. Não é todo dia, sequer em gerações que uma cidade tem entre os seus, uma cidadã do mundo. Que o presente que ela nos deu que é a divulgação da cidade e nesse sentido, é muito maior que tudo que foi feito por todos os nossos gestores, cuja prospecção inexiste, conformadas nas idas ao poço das implícitas arrecadações, dos repasses institucionais e aqui ou acolá, na efemeridade das verbas parlamentares designadas. 

Nosso desejo é que o feito da Fadinha seja melhor reconhecido e sirva de estímulo à prospecção de políticas públicas, privadas ou parcerias público-privada a incentivar milhares de jovens desconhecidos nos bairros de Imperatriz em busca de oportunidades onde talentos possam ser revelados.

- Aproveita a hora Imperatriz. É de todas as gerações a frase de (Geraldo) Vandré: “Quem sabe faz a hora …” - Não espera acontecer, mesmo até, porque já aconteceu. O pontapé inicial já foi dado.
- Acorda Imperatriz e viva nossa fadinha, Rayssa Leal.
- Graças te damos!

Dramaturgia celeste

Com as partidas dos atores Paulo José (dia 11) e de Tarcísio Meira (dia 12) o departamento de Artes Cênicas Lá de Cima ganha significativos reforços. Nossos confrades Roberto Gelobom (Criação e Roteiro) e o diretor Luís Brasília agradecem. Também confrade, Zé de Souza torce para que a primeira produção seja uma comédia. Nosso diretor de Marketing, Negão, já está de olhos no patrocínio. Enquanto isso, o chefe depois do Chefe, Olímpio Bandeira a tudo observa, com um “olhar de se for preciso, enquadro e ainda dou piteco”.
- Essa é Confraria e esse, é o Olimpão que eu conheço.
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